"Eu prefiro ser a louca do jardim enquanto o mundo ri e faz suas coisas do que ser quem se tranca nessas salas infinitas suas pra nunca entender ou fazer que não sente ou não poder sentir ou ser sem tempo de sentir ou ser esquecido e finalmente não ser." (Tati Bernardi, nossa amiga)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A Mesa Premiada

Era pra ser mais um café com as amigas, mas acabou se tornando uma noite estranha, com pessoas muito estranhas, com conversas bizarras, gerando reflexões inesperadas. Resultado: o próprio!
Eu (Amelie), Mindy e Alice (incrivelmente Isabella não estava presente) sentamos num café badalado da cidade, ponto de encontro (no bom sentido) de bate-papo, ótimas risadas, fofocas da boa, coisas que normalmente fazemos. Mas... naquele dia, nossa mesinha estava premiada. Sentaram ao lado dela, e bem próximo, porque o lugar estava apertado, só pessoas selecionadas. Resolveram soltar todos os bichos estranhos das jaulas e sei lá por que cargas d’água, resolveram parar lá. Não que eu tenha algum preconceito com pessoas bizarras, longe de mim, trabalho com várias todos os dias...rs, mas aquele foi um dia realmente atípico.
Primeiro: três coroas tarados que ficavam ouvindo nossa conversa e fazendo sons nojentos com a boca. "Hummmmm", "delíiiiicia", "uuuuiiiii". É, bem baixo nível. Até me fez lembrar uma frase escrita pela mestre das mulheres fudidas e desiludidas, Tati Bernardi:  Odeio homens que olham para bundas como se admirassem uma carne pendurada no açougue e odeio mais ainda quando fazem bico e aquele sim com a cabeça, tipo 'concordo com o mundo que ela é muito gostosa'. E se ele fizer aquela chupada pra dentro do tipo 'hummmmm delícia' já é algo que ultrapassa os limites do meu ódio.”  Pois é, a Tati tem o dom de traduzir tudo aquilo que gostaríamos de ter falado. Ok! Superamos os titios babões e continuamos nosso bom papo. Logo foram embora, mas a mesa não ficou vaga por muito tempo. 
Segundo: um casal de adolescentes muito bizarro, mas assim, bizarro mesmo (típico de Florianópolis). Menina bonitinha, arrumadinha, maquiada, toda “paty” e um namorado com cara de malaco, mas muuuito malaco, total incompatível com a garota. Apesar da conversa na NOSSA mesa estar muito boa, era inevitável observar as carícias que ela fazia no garoto e as coisinhas que ela falava pra ele. E... novas, ele mal dava bola pra ela. (é bem gurizinho de Floripa mesmo). Finalmente, aquela cena digna de vômito se finda e o casal vai embora. (Esses foram rápido).
Bom, mas o grand finale ainda estava por vir. Sim, as coisas sempre podem piorar. E foi a última parte dessa noite cômica, que me fez escrever esse texto.
Eis que de repente um homem surge, sozinho, arrumado, boa pinta (como minha mãe ainda diz), senta NAQUELA MESA e aguarda por alguém.
Não tardou e a companhia chegou. Quer dizer, as cias, visto que duas “moçoilas” adentraram e sentaram com o rapazinho. Gente, sem brincadeira, aquele café, naquele dia, tinha virado “ponto de encontro”. Era i-na-cre-di-tá-vel a roupa que elas vestiam e os papos que ali rolaram.
“Você já tem meu cartão??? Ah, claro. Você me ligou hoje.” (risadas infames).
“Humm, tenho várias tatuagens em lugares estratégicos, mas só mostro depois de duas torres de chopp.” (mais risadas infames).
“Pagando pra mim eu bebo e faço o que você quiser.”
Era muita conversa baixo nível para uma noite só. E nós, que já pensávamos que rolaria uma brincadeirinha a três, logo vimos entrar o amigo, aquele, que sempre faz a parceria.
Obviamente, pra ele sobraria a mais estranha. Porque, como já mencionei, eram muito feias, mas sempre tem a menos estranha e a mais estranha. A diferença é que uma estava com uma blusa transparente, deixando a mostra todos os 3 litros de silicone e a outra estava com uma saia que ia até o pescoço (se fosse mais um pouquinho podia tapar aquela cara horrorosa e mal pintada).
Fim da história, após uma conversa regada a um belo prato de ostra, visto que isso facilitaria muito...rs, os dois casais foram embora, levando aqueles perfumes horrorosos e todo aquele mal gosto.
Leitores, nada contra, por favor, cada um faz o que quiser da sua vida. Mas esse mundo tem sido habitado por muita gente sem noção. E aqueles dois, podendo pegar váaarias gatinhas, optaram por duas “profissas”, feias de doer. Que se fossem "pegáveis" até dava pra considerar. Pera aí, cadê um amigo com bom senso pra dar uns toques? A coisa tá cada vez mais sinistra mesmo.
Enfim... antes que um quarto grupo sentasse naquela mesa, também fomos embora. Era muita bizarrice para uma noite só.
Claro que aquelas cenas e conversas na mesa ao lado despertaram outras conversas na nossa mesa. Ficamos indagando sobre pessoas verdadeiras (tema para um próximo texto), sobre o nosso atual estado civil, nossas vidas num geral, mas com toda a certeza, a noite nos rendeu algumas reflexões e boas risadas. Como já é de se imaginar, quando estamos rodeados de amigos.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Providência Divina

Era um domingo qualquer de verão quando Amelie, Isabella e eu (Alice) resolvemos tirar o escorpião do bolso e curtir o dia em um badalado (leia-se caro) clube de praia da high society florianopolitana. Pois bem, seguimos nossa viagem rumo à praia a bordo do finado corsinha da Isabella, em um dia que tinha tudo para ser apenas mais um dia calmo, de sombra e água fresca...
Só que, ainda no caminho, o clima começou a ficar tenso. É que nosso querido e companheiro de aventuras, o corsinha, danou a roncar por todo o trajeto. No começo era um leve ruído, e até então Isabella garantia que não teríamos problemas com isso, mas com o tempo o ruído virou um barulhão danado. Aliás, até hoje não sei por que a gente seguiu viagem daquele jeito. Enfim, sei que no fim das contas conseguimos chegar ao nosso destino, com o ** na mão, mas chegamos! Só que nem deu muito tempo para comemorar, pois logo lembramos que ainda teríamos a volta pela frente. E, como nenhuma das três que estava presente é o que se pode chamar de gênia da mecânica (faltou você lá né Márcia! rs...), fomos até um posto de gasolina pedir uma ajuda e tentar descobrir o quão grave era aquele barulho, mas o frentista entendia tanto de carro quanto a gente! Ou seja, não ajudou muito, mas foi convincente ao nos dizer pra não voltar para casa com o carro daquele jeito. O lógico seria então ligar para o seguro, certo? Pois é, mas nossa amiga não tinha feito seguro do carro, então...não tínhamos muita opção. Ela até ligou para um amigo/mecânico, mas ele também não ajudou muito, só disse a mesma coisa que o frentista e ficamos lá sem saber o que fazer. Só nos restou curtir o dia e pensar no problema depois. E foi o que fizemos. Chegamos cedo no clube, nos instalamos em dois colchões na beira da piscina e por ali ficamos.
Até que lá pelas tantas, surge novamente a questão de como iríamos embora. O plano A da Isabella era voltar com o carro, e caso ele desse algum piti, era só empurrar e ligar para um guincho. Precisa dizer que Amelie e eu não animamos muito com isso? Já o plano B era ligar para alguém nos buscar e  deixar o corsa lá no estacionamento, para no dia seguinte a Isabella voltar com um mecânico. Mas também não era uma boa abandonar nosso companheirinho.
Sendo assim, conseguimos convencer Isabella a ligar para o guincho logo de uma vez. E ela ligou. Enquanto pedia orçamento para o cara, no telefone, um gringo se aproximou da nossa rodinha e começou a puxar papo. O gringo estava com um dinheiro na mão e falava um inglês pior do que o meu, então a gente não entendia muito o que ele queria. Uma dizia para ele que não precisava pagar, outra dizia onde ficava o caixa, outra dizia que a gente já estava indo embora, um rolo só.
Mas eis que no exato momento em que Isabella (apavorada) anunciava que o guincho sairia por R$150, 00 e não pagaria aquilo tudo, o gringo nos mostra exatamente três onças que queria nos dar em troca de nosso lugar. Acreditam? Gente, nessa hora eu tive certeza que Deus existe. Fomos então conversar direito com o gringo e nos certificar que o dinheiro era só em troca do colchão mesmo. Em seguida, tivemos uns minutinhos de conversa só entre nós três para ver se todas estavam de acordo e no fim decidimos que não tinha nada de errado naquilo, ele queria pagar exatamente o valor que seria necessário para pagar o guincho e isso só poderia ser considerado providência divina, certo? Certo!
Pois bem, resumo da ópera: pegamos o dinheiro do gringo, ligamos para o guincho, saímos batidas do clube antes que alguém viesse nos chamar de mercenárias,  e voltamos para casa sãs, salvas e com mais uma história para contar!
(Ah, depois dessa Isabella trocou o carro e fez seguro! E não, não voltamos mais ao clubinho de bacanas...)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Devaneios de segunda a noite...

Senti um vontade absurda de escrever aqui hoje.

Um texto pequeno, algo singelo, apenas pra tirar aquele nó da garganta. Nó que sempre dá quando muita coisa vai mal. Porque sempre há um poeta popular que diz que se o amor vai mal, o trabalho vai bem e vice versa. Ou algo vai bem... Mas quando um segunda feira traduz tudo o que acontece, que nada vai bem, dá uma vontade de sair correndo pelo mundo. Viajar, respirar! Permitir-se conhecer o novo.

Ando sedenta de viagem, de conhecer o novo, de estudar. E o trabalho nos suga, não nos deixa pensar. Apenas reagir. E amores, que amores mesmo? Apaixonar também é viajar em mundos desconhecidos... Mas nem isso.

Saúde? Já teve das melhores, cada dia é uma coisa nova... Até 5 dias sem voz já fiquei este ano, e nem era por conta de festas.... E olha que nem aos 30 eu cheguei! rsrsrs .... (só pra pegar no pé de quem já chegou)

Aí fiquei a pensar, qual parte do ditado popular me encaixo? Aonde está bom? Não tive dúvidas na resposta: família e amigos! Como é bom reconhecer almas irmãs. Como é bom ter amigos! Sem eles como suportar todo o resto?

Fica aqui aos amigos que lêem o blog: OBRIGADA!

Boa semana!!! Mindy