"Eu prefiro ser a louca do jardim enquanto o mundo ri e faz suas coisas do que ser quem se tranca nessas salas infinitas suas pra nunca entender ou fazer que não sente ou não poder sentir ou ser sem tempo de sentir ou ser esquecido e finalmente não ser." (Tati Bernardi, nossa amiga)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Palhaço-pegador (homenagem ao blog Homem é Tudo Palhaço)

Após meses de doce da minha parte, resolvi ceder aos encantos de um palhacinho que trabalha comigo. Depois uma certa insistência por parte do cidadão, decidi ficar com ele. Não gosto de ficar com caras que trabalham comigo porque isso - já ficou provado - sempre dá merda. Maaaas, o cara era (bem) gato, valia a pena correr o risco.
Ficamos e eu, sinceramente falando, achei que ele deixou (e muito) a desejar em certos quesitos, digamos, importantes para o bom andamento de um rolo, por isso não mais fiz questão de repetir a dose. Só que depois de um mês, olhando aquela carinha fofa todos os dias, acabei querendo beijar o rapaz novamente. Até porque, precisava seguir os conselhos da mulherada que dizia que eu precisava dar outra chance pro carinha...  Vai que ele estivesse nervoso da primeira vez?? 
Pois então, ele sempre jogava charme e sempre rolava umas brincadeirinhas entre nós. Um belo dia, então, chamei o moço para uma festa. O rapaz aceitou o convite. E não só aceitou, como foi. 
Eu já estava no lugar marcado quando recebo uma mensagem do palhaço perguntando se eu tinha alguma amiga pra levar, uma vez que ele levaria um amigo. Ok, eu tinha uma amiga... Até aqui nada demais, dois casais, tudo dentro da mais perfeita normalidade, até que...
Os bonitinhos chegaram na festa, o palhaço-chefe e o palhaço-assistente. Desde o início eu senti um clima meio tenso no ar. Demorei pra entender que o meu possível contratado estava me empurrando para cima do assistente dele. E na cara dura. Achei que eu estava bêbada e por isso, viajando. Mas eu não estava. Tive certeza disso quando o amigo, depois de me oferecer algumas danças, me perguntou com todas as letras se eu não poderia levá-lo para casa - com segundas intenções, é claro. Oi? Sem acreditar no que eu estava ouvindo, respondi como quem não quer nada:
- Tá, eu levo você e o Fulaninho leva a minha amiga. É  esse o esquema??
- Sim, isso mesmo. Topas?

Inacreditável, mas era verdade. O cidadão-fdp queria que eu pegasse o amigo dele enquanto ele pegava a minha amiga, a tal que ele pediu pra levar para o amigo. De todas as coisas que me passaram pela cabeça naquela momento, a que mais martelava era o tamanho da burrice dele. O palhaço-pegador passou o resto da noite gastando saliva com a última mulher que aceitaria ficar com ele aquela noite: a minha amiga - ou melhor, penúltima... porque depois desse papelão, a última era eu.

Enfim. Trabalhamos juntos e o pior de tudo foi ter que olhar pra cara dele no dia seguinte e fingir que nada tinha acontecido, afinal, eu que não vou dar o gostinho de deixá-lo perceber a minha revolta. Até porque, do jeito que ele demonstrou ser "esperto", qualquer coisa que eu disser, ele vai entender como 'sou apaixonada por você'. Tsc tsc.

Como disse a Amelie: 
"Isa, babaca e ruim de cama. O que você quer mesmo com um cara desses???" Perfeito, Am... Perfeito. 


P.S.: Ainda bem, e ainda bem mesmo, que antes do acontecido fatídico, eu já tinha falado pra uma pá de gente que ele tinha decepcionado... Sim, tenho testemunhas de que não foi nada, nadinha de despeito... rs

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A Mesa Premiada

Era pra ser mais um café com as amigas, mas acabou se tornando uma noite estranha, com pessoas muito estranhas, com conversas bizarras, gerando reflexões inesperadas. Resultado: o próprio!
Eu (Amelie), Mindy e Alice (incrivelmente Isabella não estava presente) sentamos num café badalado da cidade, ponto de encontro (no bom sentido) de bate-papo, ótimas risadas, fofocas da boa, coisas que normalmente fazemos. Mas... naquele dia, nossa mesinha estava premiada. Sentaram ao lado dela, e bem próximo, porque o lugar estava apertado, só pessoas selecionadas. Resolveram soltar todos os bichos estranhos das jaulas e sei lá por que cargas d’água, resolveram parar lá. Não que eu tenha algum preconceito com pessoas bizarras, longe de mim, trabalho com várias todos os dias...rs, mas aquele foi um dia realmente atípico.
Primeiro: três coroas tarados que ficavam ouvindo nossa conversa e fazendo sons nojentos com a boca. "Hummmmm", "delíiiiicia", "uuuuiiiii". É, bem baixo nível. Até me fez lembrar uma frase escrita pela mestre das mulheres fudidas e desiludidas, Tati Bernardi:  Odeio homens que olham para bundas como se admirassem uma carne pendurada no açougue e odeio mais ainda quando fazem bico e aquele sim com a cabeça, tipo 'concordo com o mundo que ela é muito gostosa'. E se ele fizer aquela chupada pra dentro do tipo 'hummmmm delícia' já é algo que ultrapassa os limites do meu ódio.”  Pois é, a Tati tem o dom de traduzir tudo aquilo que gostaríamos de ter falado. Ok! Superamos os titios babões e continuamos nosso bom papo. Logo foram embora, mas a mesa não ficou vaga por muito tempo. 
Segundo: um casal de adolescentes muito bizarro, mas assim, bizarro mesmo (típico de Florianópolis). Menina bonitinha, arrumadinha, maquiada, toda “paty” e um namorado com cara de malaco, mas muuuito malaco, total incompatível com a garota. Apesar da conversa na NOSSA mesa estar muito boa, era inevitável observar as carícias que ela fazia no garoto e as coisinhas que ela falava pra ele. E... novas, ele mal dava bola pra ela. (é bem gurizinho de Floripa mesmo). Finalmente, aquela cena digna de vômito se finda e o casal vai embora. (Esses foram rápido).
Bom, mas o grand finale ainda estava por vir. Sim, as coisas sempre podem piorar. E foi a última parte dessa noite cômica, que me fez escrever esse texto.
Eis que de repente um homem surge, sozinho, arrumado, boa pinta (como minha mãe ainda diz), senta NAQUELA MESA e aguarda por alguém.
Não tardou e a companhia chegou. Quer dizer, as cias, visto que duas “moçoilas” adentraram e sentaram com o rapazinho. Gente, sem brincadeira, aquele café, naquele dia, tinha virado “ponto de encontro”. Era i-na-cre-di-tá-vel a roupa que elas vestiam e os papos que ali rolaram.
“Você já tem meu cartão??? Ah, claro. Você me ligou hoje.” (risadas infames).
“Humm, tenho várias tatuagens em lugares estratégicos, mas só mostro depois de duas torres de chopp.” (mais risadas infames).
“Pagando pra mim eu bebo e faço o que você quiser.”
Era muita conversa baixo nível para uma noite só. E nós, que já pensávamos que rolaria uma brincadeirinha a três, logo vimos entrar o amigo, aquele, que sempre faz a parceria.
Obviamente, pra ele sobraria a mais estranha. Porque, como já mencionei, eram muito feias, mas sempre tem a menos estranha e a mais estranha. A diferença é que uma estava com uma blusa transparente, deixando a mostra todos os 3 litros de silicone e a outra estava com uma saia que ia até o pescoço (se fosse mais um pouquinho podia tapar aquela cara horrorosa e mal pintada).
Fim da história, após uma conversa regada a um belo prato de ostra, visto que isso facilitaria muito...rs, os dois casais foram embora, levando aqueles perfumes horrorosos e todo aquele mal gosto.
Leitores, nada contra, por favor, cada um faz o que quiser da sua vida. Mas esse mundo tem sido habitado por muita gente sem noção. E aqueles dois, podendo pegar váaarias gatinhas, optaram por duas “profissas”, feias de doer. Que se fossem "pegáveis" até dava pra considerar. Pera aí, cadê um amigo com bom senso pra dar uns toques? A coisa tá cada vez mais sinistra mesmo.
Enfim... antes que um quarto grupo sentasse naquela mesa, também fomos embora. Era muita bizarrice para uma noite só.
Claro que aquelas cenas e conversas na mesa ao lado despertaram outras conversas na nossa mesa. Ficamos indagando sobre pessoas verdadeiras (tema para um próximo texto), sobre o nosso atual estado civil, nossas vidas num geral, mas com toda a certeza, a noite nos rendeu algumas reflexões e boas risadas. Como já é de se imaginar, quando estamos rodeados de amigos.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Providência Divina

Era um domingo qualquer de verão quando Amelie, Isabella e eu (Alice) resolvemos tirar o escorpião do bolso e curtir o dia em um badalado (leia-se caro) clube de praia da high society florianopolitana. Pois bem, seguimos nossa viagem rumo à praia a bordo do finado corsinha da Isabella, em um dia que tinha tudo para ser apenas mais um dia calmo, de sombra e água fresca...
Só que, ainda no caminho, o clima começou a ficar tenso. É que nosso querido e companheiro de aventuras, o corsinha, danou a roncar por todo o trajeto. No começo era um leve ruído, e até então Isabella garantia que não teríamos problemas com isso, mas com o tempo o ruído virou um barulhão danado. Aliás, até hoje não sei por que a gente seguiu viagem daquele jeito. Enfim, sei que no fim das contas conseguimos chegar ao nosso destino, com o ** na mão, mas chegamos! Só que nem deu muito tempo para comemorar, pois logo lembramos que ainda teríamos a volta pela frente. E, como nenhuma das três que estava presente é o que se pode chamar de gênia da mecânica (faltou você lá né Márcia! rs...), fomos até um posto de gasolina pedir uma ajuda e tentar descobrir o quão grave era aquele barulho, mas o frentista entendia tanto de carro quanto a gente! Ou seja, não ajudou muito, mas foi convincente ao nos dizer pra não voltar para casa com o carro daquele jeito. O lógico seria então ligar para o seguro, certo? Pois é, mas nossa amiga não tinha feito seguro do carro, então...não tínhamos muita opção. Ela até ligou para um amigo/mecânico, mas ele também não ajudou muito, só disse a mesma coisa que o frentista e ficamos lá sem saber o que fazer. Só nos restou curtir o dia e pensar no problema depois. E foi o que fizemos. Chegamos cedo no clube, nos instalamos em dois colchões na beira da piscina e por ali ficamos.
Até que lá pelas tantas, surge novamente a questão de como iríamos embora. O plano A da Isabella era voltar com o carro, e caso ele desse algum piti, era só empurrar e ligar para um guincho. Precisa dizer que Amelie e eu não animamos muito com isso? Já o plano B era ligar para alguém nos buscar e  deixar o corsa lá no estacionamento, para no dia seguinte a Isabella voltar com um mecânico. Mas também não era uma boa abandonar nosso companheirinho.
Sendo assim, conseguimos convencer Isabella a ligar para o guincho logo de uma vez. E ela ligou. Enquanto pedia orçamento para o cara, no telefone, um gringo se aproximou da nossa rodinha e começou a puxar papo. O gringo estava com um dinheiro na mão e falava um inglês pior do que o meu, então a gente não entendia muito o que ele queria. Uma dizia para ele que não precisava pagar, outra dizia onde ficava o caixa, outra dizia que a gente já estava indo embora, um rolo só.
Mas eis que no exato momento em que Isabella (apavorada) anunciava que o guincho sairia por R$150, 00 e não pagaria aquilo tudo, o gringo nos mostra exatamente três onças que queria nos dar em troca de nosso lugar. Acreditam? Gente, nessa hora eu tive certeza que Deus existe. Fomos então conversar direito com o gringo e nos certificar que o dinheiro era só em troca do colchão mesmo. Em seguida, tivemos uns minutinhos de conversa só entre nós três para ver se todas estavam de acordo e no fim decidimos que não tinha nada de errado naquilo, ele queria pagar exatamente o valor que seria necessário para pagar o guincho e isso só poderia ser considerado providência divina, certo? Certo!
Pois bem, resumo da ópera: pegamos o dinheiro do gringo, ligamos para o guincho, saímos batidas do clube antes que alguém viesse nos chamar de mercenárias,  e voltamos para casa sãs, salvas e com mais uma história para contar!
(Ah, depois dessa Isabella trocou o carro e fez seguro! E não, não voltamos mais ao clubinho de bacanas...)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Devaneios de segunda a noite...

Senti um vontade absurda de escrever aqui hoje.

Um texto pequeno, algo singelo, apenas pra tirar aquele nó da garganta. Nó que sempre dá quando muita coisa vai mal. Porque sempre há um poeta popular que diz que se o amor vai mal, o trabalho vai bem e vice versa. Ou algo vai bem... Mas quando um segunda feira traduz tudo o que acontece, que nada vai bem, dá uma vontade de sair correndo pelo mundo. Viajar, respirar! Permitir-se conhecer o novo.

Ando sedenta de viagem, de conhecer o novo, de estudar. E o trabalho nos suga, não nos deixa pensar. Apenas reagir. E amores, que amores mesmo? Apaixonar também é viajar em mundos desconhecidos... Mas nem isso.

Saúde? Já teve das melhores, cada dia é uma coisa nova... Até 5 dias sem voz já fiquei este ano, e nem era por conta de festas.... E olha que nem aos 30 eu cheguei! rsrsrs .... (só pra pegar no pé de quem já chegou)

Aí fiquei a pensar, qual parte do ditado popular me encaixo? Aonde está bom? Não tive dúvidas na resposta: família e amigos! Como é bom reconhecer almas irmãs. Como é bom ter amigos! Sem eles como suportar todo o resto?

Fica aqui aos amigos que lêem o blog: OBRIGADA!

Boa semana!!! Mindy

terça-feira, 29 de março de 2011

Coisas de mulher

Bom, nosso primeiro texto de leitora... 
Recebemos esse texto no nosso e-mail com pedidos de publicacao. Ok, pedido atendido!!

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Há alguns anos, arrumei um gatinho. Moreno, alto, gente boa, inteligentíssimo, gato, cara de homem, gaúcho, beijo bom... ou seja, perfeito. Começamos a sair e era sempre tudo mto bom, mas tínhamos um problema: como bom gaúcho que era, ele costumava nao ser mto... como dizer... delicado. Na verdade, ele muitas vezes parecia afiar a ferradura antes de encontrar comigo... Mas eu gostava de conversar (conversar? Sei... ) com ele e por isso insistia naquele rolinho. Até que um dia cansei de ser chamada de "guriazinha" e cortamos relaçoes.
Anos se passaram, esse gauchinho foi morar fora do país e ficamos algum tempo sem contato algum. Até que um dia, ele me chamou no msn para dizer que estava voltando para o Brasil, que queria me ver e blá blá blá... Resumindo, combinamos nosso belo revival após tantos anos longe. 
Primeiro encontro pós-anos e ele era outra pessoa. Sim, ele ainda era ele. A mesma carinha e o mesmo corpitcho - com algumas tatuagens a mais, confesso - mas com uma grande diferença: ele estava beeem querido, beeeem carinhoso e otras cositas mas... Tao irreconhecível a ponto de dormir de conchinha em pleno domingao ä tarde. Nao, alguém havia abduzido o meu gatinho de antes. Eu achei tdo mto estranho. Curti, mas achei tdo mto estranho... rs Trocamos msgs e ligaçoes a semana toda, ele todo querido e eu lá, fria igual a sei lá o quê.. Sábado a noite:
- Mone, liga pro fulano.. chama ele pra sair hj...
- Ah, nao sei... deixa assim como está... Tô de boa aqui sem ele...

Os dias foram passando, ligacoes, torpedos e messenger rolando, novos encontros marcados e nao acontecidos pq eu... bom, eu nao fui. Pois bem. Ele me comunicou que voltaria para o outro lado do mundo novamente e queria se despedir de mim. Achei justo, justíssimo. Marcamos nosso derradeiro encontro e lá fui eu. Trabalhei o dia todo e depois, com a mesma roupa e cara de "dia-todo", fui encontrá-lo. Ele havia alugado um apê na praia e lá estava eu, com cara de tacho. Mal adentrei o recinto, recebi uma cerveja de presente e quando eu pensei que fôssemos iniciar nosso papinho, ganhei um beijo. Era ele! Ele havia voltado!! Percebi entao que o meu gatinho de sempre tinha reaparecido e ele foi como eu conhecia antes: ferradurinhas afiadas e o melhor sexo de todos os tempos. 
Encontro realizado, fui embora. Entendi que eu nao podia demorar mto por la, porque ele ia receber visitas naquele mesmo dia... Além dessa informaçao quase desnecessária, encontrei objetos alheios - femininos - perdidos pelo quarto e tive que responder ä pergunta se eu tinha perdido algum brinco da outra vez em que estivera naquele quarto.  Um ogro. Ok. Fui embora. Entrei no meu carro, sorrisao de orelha a orelha, liguei pras amigas no viva-voz:
- Amigas, tô apaixonada!!!!! rsrsrs

Por essas e outras que eu digo: mulher é bicho burro mesmo!!! hehehehehe
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domingo, 27 de março de 2011

Let it be !

Ando com vontade mesmo de escrever... me faz bem! Aliás, ultimamente uma das poucas coisas que tem me feito bem. O trabalho e o amor não vão lá nada bem assim...

Lembrei de uma história engraçadinha hoje dirigindo pra casa. Mostra meu lado super ciumenta e que não gosta de dividir, principalmente e especialmente homens! Rsrs... Aliás, acredito que seja só isso que não gosto de dividir...

Estávamos eu, algumas amigas do blog e outras tantas amigas em uma micareta alguns anos atrás. Minha única micareta até hoje. E eu e minhas amigas temos uma peculiaridade, fazemos a festa sozinha, é... tipo autistas! Nós e nós num bolha invisível, sempre é assim. Ficamos muito feliz só porque pegamos uma plaquinha de uma carinha e mostrávamos elas pra nós e pros outros. Coisa de doida, doidas e santas mesmo. Lá pelas tantas da festa resolvi olhar pro lado e ver o que existia fora nós. Me apaixonei por um moreno alto, paixonite típica minha. Foquei nele e sendo micareta, ganhei uns beijos e continuamos andando atrás do trio. Minhas amigas ainda estavam na bolha.

Eu tenho estatura mediana e rapaz devia ter seus um metro e noventa, bem meu número. Ele estava atrás de mim e eu baixinha mal dava de ver na multidão. Eis que então, minha amiga que estava mais a frente e não direi o nome, sai também da bolha. Olha pra trás e só enxerga o gatão.... Nem me viu, mas eu observei seu olhar de caça. E ela veia com tudo pra cima dele. Meu espírito de “não compartilho mesmo” me fez se jogar na frente dele.

E no meio do caminho tinha um buraco. Virei o pé nele. O rapaz me ajudou... E minha amiga enfim me observou! E entendeu que ele era meu! Bingo! Venci! Ela não o beijou... rsrsrsrs E eu continuei a pular a noite toda.

E pulava, pulava atrás do trio. Mas quando o corpo foi esfriando a dor foi aumentando. E essa mesma amiga minha não queria ir embora nunca e nós que íamos embora juntas. Acabou tudo e ela lá... Mas enfim, somos assim sempre as últimas mesmo a ir embora... Só que a dor me fazia não ser uma de nós, eu queria mesmo ir embora!

Resultado, estilhacei 3 ligamentos no tornozelo. Usei botinha por um mês, atestado no trabalho e tudo mais. Mas não compartilhei homem! Rsrsrsrs... grandes vantagem!

Mas a gente cresce e amadurece. Hoje não faria isso. Deixaria ser, deixaria estar .. Let it be ! Cada um sabe de si, a vida é um eco mesmo! Aprendi que não é a gente que define quem está ao fica do nosso lado. São escolhas de cada um, e não é rótulo, título ou símbolo que prende alguém a alguém. É uma decisão singular e que independe dos outros.

Boa semana! Espero que todos encontrem pessoas que queiram estar do seu lado porque simplesmente querem, porque simplesmente amam e admiram! Não porque são namorados, noivos, maridos...

Mindy

terça-feira, 22 de março de 2011

Quente ou frio, morno eu vomito!

(acredito que Alice, Amelie e Isabella não andam muito inspiradas, lá vai mais um texto meu)

Eis que hoje no horário do almoço eu passo pelo meio de uma praça, observo certo banco e lembro-me do episódio que julgo definiu a minha personalidade e ações até aqui. Ocorreu naquele lugar, neste mesmo mês há 13 anos atrás (cabalístico!). Foi quando eu olhei para meu primeiro amor, completamente apaixonada e disse: “Sou muito nova para namorar, se for para ser daqui há uns 10 anos te encontro por aí! Não quero me prender a ninguém agora”.

Lembro-me que doeu muito dizer estas frases, chegar em casa e chorar rios de lágrimas, sentir doer o peito mas foi a minha decisão mais acertada. Sou o que sou hoje por conta dela e tenho orgulho do que me tornei. Tenho ainda muito carinho (ou amor?!) por esta pessoa, que depois da minha frase enfática, iniciou um namoro com uma colega nossa e namorou- a por longos 10 anos. E assim nunca mais tive a oportunidade de ele estar sozinho para qualquer mudança de rota em minha vida.

E pasme, sai da praça hoje e dei de cara com ele! Lindo! Apenas o observei de longe, ele passou por mim. Acredito que não tenha me visto. Soube que está casado e fico feliz por sua história com nossa colega ter dado certo. Casou com uma Sandy total (fase pré-devassa), sempre constante, sempre doce, sempre impecável, sempre em casa, sempre regrada. Seu primeiro beijo, seu primeiro tudo foi com ele. Fiquei a pensar o que vivi depois daquele dia. Quantas emoções, quanta inconstância, quantos altos e baixos... Redescobri aquela dor de amor finito diversas outras vezes. Conheci um mundo de oportunidades fora do meu porto seguro, aprendi a cair e levantar sozinha (ou com amigos, mas não com um amor-namoro). Conheci as figuras deste blog, tomei alguns porres, fiz uma faculdade intensa, me apaixonei diversas vezes... E principalmente, quebrei a cara com diversos caras que julguei ser como este meu primeiro amor.

É porque ele é um dos, se não “o” cara mais íntegro que já conheci. Mas retidão não combina comigo. Gosto do frio e calor, do doce e do amargo, da noite e do dia. Sou 8 ou 80. Gosto do novo, do incerto. Gosto de quem agüenta o tranco de estar comigo, porque tem que me conquistar todos os dias, porque se eu não for feliz vou embora. Tem que gostar de aprender sobre o mundo, conversar. Eu gosto de ser o que sou, não o que a sociedade diz que devo ser. Respeito o que sinto, quem amo e acho que sempre fiz menos que muita Sandy por ai.

Claro, por diversas vezes fui rotulada de insana, pra não dizer nomes pejorativos para uma garota que nunca namorou mais que um ano. Que sai com amigas sozinha, vai pra bar, bebe cerveja, paga a conta, tem vida própria, opinião própria, trabalha em mundo masculino, morou sozinha em mil lugares... Fica com quem quer, é fiel aos seus sentimentos e ama intensamente.

Por muitos anos carreguei comigo a dúvida se aquela foi ou não uma decisão acertada, afinal o mundo suporta, mas ainda não ‘gosta’ de mulheres independentes. Hoje ao observar o banco, vê-lo e me enxergar por inteiro não restou dúvidas: sábias palavras aos 14 anos. Amo ser Doida & Santa ...


(Mindy)

segunda-feira, 14 de março de 2011

O fim de cada amor, o início após cada carnaval

Olá! Eu sei que havia combinado com minhas 3 amigas que o tema seria carnaval. Bem propício para o período. Mas eu acabei de dar/levar um fora e preciso desabafar!

E como naqueles momentos mágicos de novo: ele sai do carro e começa a tocar no meu rádio "Bendita as coisas que não sei, os lugares aonde não fui [...] Os espaços que ainda procuro, os amores que eu nunca encontrei!” Chorei pacas... É, dói! Mas aprendi que passa. Pelo menos me permiti viver e pensar o que viver esta história me trouxe de bom.

Em outros tempos eu não teria arriscado tanto. Ele não se parece em nada comigo mas me trazia fogo e acalento. Beijei-o (isso mesmo fui eu que o beijei e fui eu que terminei) no calor do Reveillon em Copacabana, depois de um ano sem achar ninguém interessante, ferida por um antigo amor. Espero que desta vez passe mais rápido este luto.

Nestes dois meses, aprendi que posso gostar de pagode e também posso aprender a correr. Aprendi que a aparência engana e um fortão pode ser o cara mais sensível que podes ter teu lado. Aprendi que é inevitável se envolver, quando se tem coração. Por isso acreditem amigas, se o cara não se envolve, esqueça-o pois ele não tem coração! Você pode entrar na relação querendo curtir, mas o tempo te mostra que sempre há algo belo pra se admirar, pra se gostar.

Acho que me enganei e o tema envolve carnaval. Porque o fim desta história começou no carnaval. Cada um foi pra um canto, em cidades litorâneas e com gente linda. E ai eu descobri que estava apaixonada e que doía vê-lo sendo abordado por outras meninas. Pior é isso, meninas! Doeu saber que o tempo passou e hoje uma garotinha que nasceu em 92 pode ser sua concorrente. Não que seja, pelo menos ele garante que não. Mas eu garanto que o ciúme tomou conta de mim. Insegurança? Talvez... a idade inevitavelmente pesa pra mulher. Mas tenho que aceitar o tempo de cada coisa. Há o tempo...

Terminei agindo com a razão e não com o coração. Poupei-me de viver uma relação de tantas diferenças, já que a vida me ensinou que se pode amar sem “possuir”. Prefiro uma bela amizade a um falso amor. Posso continuar curtindo o pagode e me viciando em corrida.

E guardarei este com um dos poucos, mas intensos relacionamentos que marcaram época e transformações em minha vida.

É, vida nova após carnaval! Que venha 2011 !!

Mindy

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Tempo, tempo, tempo...

Hoje acaba o segundo mês do ano de 2011, esse tempo que voa! Estou feliz porque voou mas foi muito intenso também. As modificações em minha vida se consolidaram, definitivamente não sou a mesma de um ano atrás. Tantos estados, tantas cidades, tantas casas, tanta decisão, tanta vida! Sou realmente outra. Como retornei ao meu porto seguro, minha cidade querida, olho pro lado e reconheço muitas das pessoas da mesma maneira que sempre foram. Eu espero que as minhas mudanças internas sejam interpretadas pelos que me rodeiam. Pois mudei pra melhor. Há quem diga que as transformações apenas começaram, pois estou há um pouco mais 35º do meu retorno de saturno. Que assim seja! Sempre provocando o que há de melhor em mim.

Acordei hoje ouvindo meu admirável poeta Djavan e utilizarei de suas sábias palavras para descrever o que agora sinto. Aliás, foi o tema da minha conversa ontem com a Alice, e num daqueles eventos mágicos despertei ouvindo: “Tempo, [...]Vou te fazer um pedido [...] Compositor de destinos [...]Ouve bem o que te digo: Peço-te o prazer legítimo e o movimento preciso. Quando o tempo for propício[...]. É isso aí: quando o tempo for propício! Domingo a noite, depois de uma semana agitada e em TPM total, eu e Alice divagamos sobre o tempo certo para cada coisa. As vezes pedimos: quero um companheiro, alguém parceiro, um Homem assim mesmo com H maiúsculo, quero o trabalho perfeito, quero, quero, quero ... e parece que nada acontece. Será mesmo? Será que pedimos direito? Será que interpretamos tudo? Será que era o tempo disto acontecer? Será que não tínhamos nada para aprender antes? Será mesmo que acontece para todos, menos para nós? Será?!

Independente da crença de cada um, essa força maior é providencial. Não acredito em destinos e sim em escolhas. Fé é crer no que é inacreditável e, portanto penso que em cada caminho que nós optamos trilhar tem o aprendizado que Deus providenciou. Difícil é ler o significado. Precisa estar atento. Como é difícil ter atenção!

Quero a partir de hoje parar de pedir ou mesmo desejar coisas específicas que julgo estar no tempo de viver. Não quero mais encontrar um companheiro. Quero me permitir viver o que devo viver antes ‘disso’, se é que ‘isto’ vá acontecer na minha vida. Quero ler os sinais. Quero ter serenidade, discernimento e força para viver e aprender o que preciso.

Necessito converter este pensamento num hábito. O blog me ajudará para tanto. E como o ano só começa depois do carnaval, tenho o 2011 inteirinho para habituar-me... Que venham muitas histórias prometo partilhar com vocês! E também buscarei resgatar os aprendizados do passado. O que será que cada fora tinha pra me ensinar? E cada bobagem que já fiz? Ai, ai... veremos! rs....

Mindy

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A entrevista de emprego

Todo final de semana era a mesma coisa: comprar jornal, selecionar as possíveis vagas, encaminhar o currículo e esperar... esperar... esperar... Por meses foi assim. A lista de vagas diminuía numa proporção inversa às minhas necessidades. Enfim, no meio dessa lenga lenga, um belo dia meu fone toca. Sim... era a tal vaga de emprego. A pessoa responsável me ligou, marcou uma entrevista e no outro dia lá estava eu, feliz e ansiosa. Como sempre. Nem o chazinho da mamãe deu jeito.
Bom... fui lá, respondi as perguntas e me senti confiante, apesar do nervosismo que insiste em me acompanhar nesses momentos cruciais. Sim, ela parecia ter gostado de mim, mas isso não era tudo. Ainda precisava passar por mais uma “prova de fogo”. Precisei colocar em prática meus conhecimentos na área justamente com a pessoa a qual eu substituiria. Nada fácil: ser avaliada pela sua “possível futura chefe” e por um profissional da mesma área. Ixiii...complicou tudo.
Ok! Topei! Não sou mulher de desistir fácil das coisas e lá fui eu, apresentando meus hábeis conhecimentos. Para minha surpresa, meu “avaliador” era, como posso dizer...bem interessante. Por um momento pensei: "Ahhh, que pena que ele está saindo da empresa". Mas, rapidamente voltei ao meu estado normal e compreendi que eu só ficaria com a vaga se ele saísse...óbvio, rs.
Após essa avaliação, recebi a feliz notícia de que havia sido escolhida. Ahhh, os olhinhos brilharam. Já comecei a pensar em todas as viagens que queria, nas futuras compras que faria (pensamento fútil, tudo bem, mas inevitável)...rs.
Fui pra casa, mega feliz, acreditando que havia saído das estatísticas de desempregados. Bom,   vocês devem estar pensando: “O que de interessante tem nessa história? O final feliz já está a caminho." Pois é, não foi bem assim. E a continuação desse caso é a parte interessante, rs.
Para minha surpresa, no dia marcado para iniciar o trabalho, “a minha chefe” chega e me diz que eles abriram  mais oportunidades para outros candidatos, sendo que eu ainda estava concorrendo a vaga, mas que ela ainda não estava preenchida e ainda naquela semana eles me dariam a resposta.
Uhum, isso mesmo. Vocês conseguem imaginar minha cara depois de ouvir isso? Vontade súbita de sumir, de bater na mulher, de xingar todo mundo. Mas como uma das minhas principais qualidades é a educação, eu engoli aquela frase e fiz cara de paisagem. Nessa hora, o rapaz que até então eu substituiria, se aproximou de mim e me disse que ficou indignado com a situação, que faria o possível para eu ficar com a vaga. Gostei daquela aproximação, mas como ele estava indo embora, e era para  um lugar beeeem longe, eu nem dei muita trela.
Ok! Sem muita opção, voltei para casa. AR-RA-SA-DA. Só me restava esperar a ligação. Para a minha grande surpresa, ao entrar no msn, adivinha quem me adicionou??? Quem queria ser o meu novo amigo de orkut e facebook?...hahaha. Sim, o tal rapaz da vaga de emprego. Como ele descobriu meu e-mail, posso até imaginar, mas eu não tinha dado essas informações a ele. Bom, começamos a conversar, ele me contou que achou a maior sacanagem o que a empresa havia feito,  que havia torcido para eu ficar na vaga, blá, blá, blá.
Papo vai, papo vem, o tal carinha me convidou, meio que sem jeito, para sairmos... Já que a viagem dele estava marcada para os próximos dias, ele queria me conhecer melhor, ainda que isso não fosse dar em nada. Não preciso dizer que ainda estava arrasada com os recentes acontecimentos, mas parei e pensei: "Que que eu tenho a perder? O cara vai sumir, tudo bem. Vai morar lá na PQP. Mas pelo menos eu já tinha essa informação antes, diferente dos caras que somem sem te dar explicação".
Para a minha surpresa (digo minha porque aquela situação era inédita), eu havia topado sair com um cara que mal conhecia, mas que me despertava interesse. Então, saímos...
Após um encontro agradável, onde me dei a oportunidade de conhecer uma pessoa nova, sem levar as coisas tão a sério, como sempre fiz, voltei para casa.
É, mas eu não tinha esquecido. Eu mal saí e já voltei para as estatísticas dos desempregados de novo. Pois é. Tudo bem. A vida é assim mesmo. Como já dizia o “poeta”: num dia a gente perde, no outro a gente apanha. Fiquei sem emprego mas garanti algumas horas bem divertidas...rs