"Eu prefiro ser a louca do jardim enquanto o mundo ri e faz suas coisas do que ser quem se tranca nessas salas infinitas suas pra nunca entender ou fazer que não sente ou não poder sentir ou ser sem tempo de sentir ou ser esquecido e finalmente não ser." (Tati Bernardi, nossa amiga)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Palhaço-pegador (homenagem ao blog Homem é Tudo Palhaço)

Após meses de doce da minha parte, resolvi ceder aos encantos de um palhacinho que trabalha comigo. Depois uma certa insistência por parte do cidadão, decidi ficar com ele. Não gosto de ficar com caras que trabalham comigo porque isso - já ficou provado - sempre dá merda. Maaaas, o cara era (bem) gato, valia a pena correr o risco.
Ficamos e eu, sinceramente falando, achei que ele deixou (e muito) a desejar em certos quesitos, digamos, importantes para o bom andamento de um rolo, por isso não mais fiz questão de repetir a dose. Só que depois de um mês, olhando aquela carinha fofa todos os dias, acabei querendo beijar o rapaz novamente. Até porque, precisava seguir os conselhos da mulherada que dizia que eu precisava dar outra chance pro carinha...  Vai que ele estivesse nervoso da primeira vez?? 
Pois então, ele sempre jogava charme e sempre rolava umas brincadeirinhas entre nós. Um belo dia, então, chamei o moço para uma festa. O rapaz aceitou o convite. E não só aceitou, como foi. 
Eu já estava no lugar marcado quando recebo uma mensagem do palhaço perguntando se eu tinha alguma amiga pra levar, uma vez que ele levaria um amigo. Ok, eu tinha uma amiga... Até aqui nada demais, dois casais, tudo dentro da mais perfeita normalidade, até que...
Os bonitinhos chegaram na festa, o palhaço-chefe e o palhaço-assistente. Desde o início eu senti um clima meio tenso no ar. Demorei pra entender que o meu possível contratado estava me empurrando para cima do assistente dele. E na cara dura. Achei que eu estava bêbada e por isso, viajando. Mas eu não estava. Tive certeza disso quando o amigo, depois de me oferecer algumas danças, me perguntou com todas as letras se eu não poderia levá-lo para casa - com segundas intenções, é claro. Oi? Sem acreditar no que eu estava ouvindo, respondi como quem não quer nada:
- Tá, eu levo você e o Fulaninho leva a minha amiga. É  esse o esquema??
- Sim, isso mesmo. Topas?

Inacreditável, mas era verdade. O cidadão-fdp queria que eu pegasse o amigo dele enquanto ele pegava a minha amiga, a tal que ele pediu pra levar para o amigo. De todas as coisas que me passaram pela cabeça naquela momento, a que mais martelava era o tamanho da burrice dele. O palhaço-pegador passou o resto da noite gastando saliva com a última mulher que aceitaria ficar com ele aquela noite: a minha amiga - ou melhor, penúltima... porque depois desse papelão, a última era eu.

Enfim. Trabalhamos juntos e o pior de tudo foi ter que olhar pra cara dele no dia seguinte e fingir que nada tinha acontecido, afinal, eu que não vou dar o gostinho de deixá-lo perceber a minha revolta. Até porque, do jeito que ele demonstrou ser "esperto", qualquer coisa que eu disser, ele vai entender como 'sou apaixonada por você'. Tsc tsc.

Como disse a Amelie: 
"Isa, babaca e ruim de cama. O que você quer mesmo com um cara desses???" Perfeito, Am... Perfeito. 


P.S.: Ainda bem, e ainda bem mesmo, que antes do acontecido fatídico, eu já tinha falado pra uma pá de gente que ele tinha decepcionado... Sim, tenho testemunhas de que não foi nada, nadinha de despeito... rs

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A Mesa Premiada

Era pra ser mais um café com as amigas, mas acabou se tornando uma noite estranha, com pessoas muito estranhas, com conversas bizarras, gerando reflexões inesperadas. Resultado: o próprio!
Eu (Amelie), Mindy e Alice (incrivelmente Isabella não estava presente) sentamos num café badalado da cidade, ponto de encontro (no bom sentido) de bate-papo, ótimas risadas, fofocas da boa, coisas que normalmente fazemos. Mas... naquele dia, nossa mesinha estava premiada. Sentaram ao lado dela, e bem próximo, porque o lugar estava apertado, só pessoas selecionadas. Resolveram soltar todos os bichos estranhos das jaulas e sei lá por que cargas d’água, resolveram parar lá. Não que eu tenha algum preconceito com pessoas bizarras, longe de mim, trabalho com várias todos os dias...rs, mas aquele foi um dia realmente atípico.
Primeiro: três coroas tarados que ficavam ouvindo nossa conversa e fazendo sons nojentos com a boca. "Hummmmm", "delíiiiicia", "uuuuiiiii". É, bem baixo nível. Até me fez lembrar uma frase escrita pela mestre das mulheres fudidas e desiludidas, Tati Bernardi:  Odeio homens que olham para bundas como se admirassem uma carne pendurada no açougue e odeio mais ainda quando fazem bico e aquele sim com a cabeça, tipo 'concordo com o mundo que ela é muito gostosa'. E se ele fizer aquela chupada pra dentro do tipo 'hummmmm delícia' já é algo que ultrapassa os limites do meu ódio.”  Pois é, a Tati tem o dom de traduzir tudo aquilo que gostaríamos de ter falado. Ok! Superamos os titios babões e continuamos nosso bom papo. Logo foram embora, mas a mesa não ficou vaga por muito tempo. 
Segundo: um casal de adolescentes muito bizarro, mas assim, bizarro mesmo (típico de Florianópolis). Menina bonitinha, arrumadinha, maquiada, toda “paty” e um namorado com cara de malaco, mas muuuito malaco, total incompatível com a garota. Apesar da conversa na NOSSA mesa estar muito boa, era inevitável observar as carícias que ela fazia no garoto e as coisinhas que ela falava pra ele. E... novas, ele mal dava bola pra ela. (é bem gurizinho de Floripa mesmo). Finalmente, aquela cena digna de vômito se finda e o casal vai embora. (Esses foram rápido).
Bom, mas o grand finale ainda estava por vir. Sim, as coisas sempre podem piorar. E foi a última parte dessa noite cômica, que me fez escrever esse texto.
Eis que de repente um homem surge, sozinho, arrumado, boa pinta (como minha mãe ainda diz), senta NAQUELA MESA e aguarda por alguém.
Não tardou e a companhia chegou. Quer dizer, as cias, visto que duas “moçoilas” adentraram e sentaram com o rapazinho. Gente, sem brincadeira, aquele café, naquele dia, tinha virado “ponto de encontro”. Era i-na-cre-di-tá-vel a roupa que elas vestiam e os papos que ali rolaram.
“Você já tem meu cartão??? Ah, claro. Você me ligou hoje.” (risadas infames).
“Humm, tenho várias tatuagens em lugares estratégicos, mas só mostro depois de duas torres de chopp.” (mais risadas infames).
“Pagando pra mim eu bebo e faço o que você quiser.”
Era muita conversa baixo nível para uma noite só. E nós, que já pensávamos que rolaria uma brincadeirinha a três, logo vimos entrar o amigo, aquele, que sempre faz a parceria.
Obviamente, pra ele sobraria a mais estranha. Porque, como já mencionei, eram muito feias, mas sempre tem a menos estranha e a mais estranha. A diferença é que uma estava com uma blusa transparente, deixando a mostra todos os 3 litros de silicone e a outra estava com uma saia que ia até o pescoço (se fosse mais um pouquinho podia tapar aquela cara horrorosa e mal pintada).
Fim da história, após uma conversa regada a um belo prato de ostra, visto que isso facilitaria muito...rs, os dois casais foram embora, levando aqueles perfumes horrorosos e todo aquele mal gosto.
Leitores, nada contra, por favor, cada um faz o que quiser da sua vida. Mas esse mundo tem sido habitado por muita gente sem noção. E aqueles dois, podendo pegar váaarias gatinhas, optaram por duas “profissas”, feias de doer. Que se fossem "pegáveis" até dava pra considerar. Pera aí, cadê um amigo com bom senso pra dar uns toques? A coisa tá cada vez mais sinistra mesmo.
Enfim... antes que um quarto grupo sentasse naquela mesa, também fomos embora. Era muita bizarrice para uma noite só.
Claro que aquelas cenas e conversas na mesa ao lado despertaram outras conversas na nossa mesa. Ficamos indagando sobre pessoas verdadeiras (tema para um próximo texto), sobre o nosso atual estado civil, nossas vidas num geral, mas com toda a certeza, a noite nos rendeu algumas reflexões e boas risadas. Como já é de se imaginar, quando estamos rodeados de amigos.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Providência Divina

Era um domingo qualquer de verão quando Amelie, Isabella e eu (Alice) resolvemos tirar o escorpião do bolso e curtir o dia em um badalado (leia-se caro) clube de praia da high society florianopolitana. Pois bem, seguimos nossa viagem rumo à praia a bordo do finado corsinha da Isabella, em um dia que tinha tudo para ser apenas mais um dia calmo, de sombra e água fresca...
Só que, ainda no caminho, o clima começou a ficar tenso. É que nosso querido e companheiro de aventuras, o corsinha, danou a roncar por todo o trajeto. No começo era um leve ruído, e até então Isabella garantia que não teríamos problemas com isso, mas com o tempo o ruído virou um barulhão danado. Aliás, até hoje não sei por que a gente seguiu viagem daquele jeito. Enfim, sei que no fim das contas conseguimos chegar ao nosso destino, com o ** na mão, mas chegamos! Só que nem deu muito tempo para comemorar, pois logo lembramos que ainda teríamos a volta pela frente. E, como nenhuma das três que estava presente é o que se pode chamar de gênia da mecânica (faltou você lá né Márcia! rs...), fomos até um posto de gasolina pedir uma ajuda e tentar descobrir o quão grave era aquele barulho, mas o frentista entendia tanto de carro quanto a gente! Ou seja, não ajudou muito, mas foi convincente ao nos dizer pra não voltar para casa com o carro daquele jeito. O lógico seria então ligar para o seguro, certo? Pois é, mas nossa amiga não tinha feito seguro do carro, então...não tínhamos muita opção. Ela até ligou para um amigo/mecânico, mas ele também não ajudou muito, só disse a mesma coisa que o frentista e ficamos lá sem saber o que fazer. Só nos restou curtir o dia e pensar no problema depois. E foi o que fizemos. Chegamos cedo no clube, nos instalamos em dois colchões na beira da piscina e por ali ficamos.
Até que lá pelas tantas, surge novamente a questão de como iríamos embora. O plano A da Isabella era voltar com o carro, e caso ele desse algum piti, era só empurrar e ligar para um guincho. Precisa dizer que Amelie e eu não animamos muito com isso? Já o plano B era ligar para alguém nos buscar e  deixar o corsa lá no estacionamento, para no dia seguinte a Isabella voltar com um mecânico. Mas também não era uma boa abandonar nosso companheirinho.
Sendo assim, conseguimos convencer Isabella a ligar para o guincho logo de uma vez. E ela ligou. Enquanto pedia orçamento para o cara, no telefone, um gringo se aproximou da nossa rodinha e começou a puxar papo. O gringo estava com um dinheiro na mão e falava um inglês pior do que o meu, então a gente não entendia muito o que ele queria. Uma dizia para ele que não precisava pagar, outra dizia onde ficava o caixa, outra dizia que a gente já estava indo embora, um rolo só.
Mas eis que no exato momento em que Isabella (apavorada) anunciava que o guincho sairia por R$150, 00 e não pagaria aquilo tudo, o gringo nos mostra exatamente três onças que queria nos dar em troca de nosso lugar. Acreditam? Gente, nessa hora eu tive certeza que Deus existe. Fomos então conversar direito com o gringo e nos certificar que o dinheiro era só em troca do colchão mesmo. Em seguida, tivemos uns minutinhos de conversa só entre nós três para ver se todas estavam de acordo e no fim decidimos que não tinha nada de errado naquilo, ele queria pagar exatamente o valor que seria necessário para pagar o guincho e isso só poderia ser considerado providência divina, certo? Certo!
Pois bem, resumo da ópera: pegamos o dinheiro do gringo, ligamos para o guincho, saímos batidas do clube antes que alguém viesse nos chamar de mercenárias,  e voltamos para casa sãs, salvas e com mais uma história para contar!
(Ah, depois dessa Isabella trocou o carro e fez seguro! E não, não voltamos mais ao clubinho de bacanas...)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Devaneios de segunda a noite...

Senti um vontade absurda de escrever aqui hoje.

Um texto pequeno, algo singelo, apenas pra tirar aquele nó da garganta. Nó que sempre dá quando muita coisa vai mal. Porque sempre há um poeta popular que diz que se o amor vai mal, o trabalho vai bem e vice versa. Ou algo vai bem... Mas quando um segunda feira traduz tudo o que acontece, que nada vai bem, dá uma vontade de sair correndo pelo mundo. Viajar, respirar! Permitir-se conhecer o novo.

Ando sedenta de viagem, de conhecer o novo, de estudar. E o trabalho nos suga, não nos deixa pensar. Apenas reagir. E amores, que amores mesmo? Apaixonar também é viajar em mundos desconhecidos... Mas nem isso.

Saúde? Já teve das melhores, cada dia é uma coisa nova... Até 5 dias sem voz já fiquei este ano, e nem era por conta de festas.... E olha que nem aos 30 eu cheguei! rsrsrs .... (só pra pegar no pé de quem já chegou)

Aí fiquei a pensar, qual parte do ditado popular me encaixo? Aonde está bom? Não tive dúvidas na resposta: família e amigos! Como é bom reconhecer almas irmãs. Como é bom ter amigos! Sem eles como suportar todo o resto?

Fica aqui aos amigos que lêem o blog: OBRIGADA!

Boa semana!!! Mindy

terça-feira, 29 de março de 2011

Coisas de mulher

Bom, nosso primeiro texto de leitora... 
Recebemos esse texto no nosso e-mail com pedidos de publicacao. Ok, pedido atendido!!

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Há alguns anos, arrumei um gatinho. Moreno, alto, gente boa, inteligentíssimo, gato, cara de homem, gaúcho, beijo bom... ou seja, perfeito. Começamos a sair e era sempre tudo mto bom, mas tínhamos um problema: como bom gaúcho que era, ele costumava nao ser mto... como dizer... delicado. Na verdade, ele muitas vezes parecia afiar a ferradura antes de encontrar comigo... Mas eu gostava de conversar (conversar? Sei... ) com ele e por isso insistia naquele rolinho. Até que um dia cansei de ser chamada de "guriazinha" e cortamos relaçoes.
Anos se passaram, esse gauchinho foi morar fora do país e ficamos algum tempo sem contato algum. Até que um dia, ele me chamou no msn para dizer que estava voltando para o Brasil, que queria me ver e blá blá blá... Resumindo, combinamos nosso belo revival após tantos anos longe. 
Primeiro encontro pós-anos e ele era outra pessoa. Sim, ele ainda era ele. A mesma carinha e o mesmo corpitcho - com algumas tatuagens a mais, confesso - mas com uma grande diferença: ele estava beeem querido, beeeem carinhoso e otras cositas mas... Tao irreconhecível a ponto de dormir de conchinha em pleno domingao ä tarde. Nao, alguém havia abduzido o meu gatinho de antes. Eu achei tdo mto estranho. Curti, mas achei tdo mto estranho... rs Trocamos msgs e ligaçoes a semana toda, ele todo querido e eu lá, fria igual a sei lá o quê.. Sábado a noite:
- Mone, liga pro fulano.. chama ele pra sair hj...
- Ah, nao sei... deixa assim como está... Tô de boa aqui sem ele...

Os dias foram passando, ligacoes, torpedos e messenger rolando, novos encontros marcados e nao acontecidos pq eu... bom, eu nao fui. Pois bem. Ele me comunicou que voltaria para o outro lado do mundo novamente e queria se despedir de mim. Achei justo, justíssimo. Marcamos nosso derradeiro encontro e lá fui eu. Trabalhei o dia todo e depois, com a mesma roupa e cara de "dia-todo", fui encontrá-lo. Ele havia alugado um apê na praia e lá estava eu, com cara de tacho. Mal adentrei o recinto, recebi uma cerveja de presente e quando eu pensei que fôssemos iniciar nosso papinho, ganhei um beijo. Era ele! Ele havia voltado!! Percebi entao que o meu gatinho de sempre tinha reaparecido e ele foi como eu conhecia antes: ferradurinhas afiadas e o melhor sexo de todos os tempos. 
Encontro realizado, fui embora. Entendi que eu nao podia demorar mto por la, porque ele ia receber visitas naquele mesmo dia... Além dessa informaçao quase desnecessária, encontrei objetos alheios - femininos - perdidos pelo quarto e tive que responder ä pergunta se eu tinha perdido algum brinco da outra vez em que estivera naquele quarto.  Um ogro. Ok. Fui embora. Entrei no meu carro, sorrisao de orelha a orelha, liguei pras amigas no viva-voz:
- Amigas, tô apaixonada!!!!! rsrsrs

Por essas e outras que eu digo: mulher é bicho burro mesmo!!! hehehehehe
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domingo, 27 de março de 2011

Let it be !

Ando com vontade mesmo de escrever... me faz bem! Aliás, ultimamente uma das poucas coisas que tem me feito bem. O trabalho e o amor não vão lá nada bem assim...

Lembrei de uma história engraçadinha hoje dirigindo pra casa. Mostra meu lado super ciumenta e que não gosta de dividir, principalmente e especialmente homens! Rsrs... Aliás, acredito que seja só isso que não gosto de dividir...

Estávamos eu, algumas amigas do blog e outras tantas amigas em uma micareta alguns anos atrás. Minha única micareta até hoje. E eu e minhas amigas temos uma peculiaridade, fazemos a festa sozinha, é... tipo autistas! Nós e nós num bolha invisível, sempre é assim. Ficamos muito feliz só porque pegamos uma plaquinha de uma carinha e mostrávamos elas pra nós e pros outros. Coisa de doida, doidas e santas mesmo. Lá pelas tantas da festa resolvi olhar pro lado e ver o que existia fora nós. Me apaixonei por um moreno alto, paixonite típica minha. Foquei nele e sendo micareta, ganhei uns beijos e continuamos andando atrás do trio. Minhas amigas ainda estavam na bolha.

Eu tenho estatura mediana e rapaz devia ter seus um metro e noventa, bem meu número. Ele estava atrás de mim e eu baixinha mal dava de ver na multidão. Eis que então, minha amiga que estava mais a frente e não direi o nome, sai também da bolha. Olha pra trás e só enxerga o gatão.... Nem me viu, mas eu observei seu olhar de caça. E ela veia com tudo pra cima dele. Meu espírito de “não compartilho mesmo” me fez se jogar na frente dele.

E no meio do caminho tinha um buraco. Virei o pé nele. O rapaz me ajudou... E minha amiga enfim me observou! E entendeu que ele era meu! Bingo! Venci! Ela não o beijou... rsrsrsrs E eu continuei a pular a noite toda.

E pulava, pulava atrás do trio. Mas quando o corpo foi esfriando a dor foi aumentando. E essa mesma amiga minha não queria ir embora nunca e nós que íamos embora juntas. Acabou tudo e ela lá... Mas enfim, somos assim sempre as últimas mesmo a ir embora... Só que a dor me fazia não ser uma de nós, eu queria mesmo ir embora!

Resultado, estilhacei 3 ligamentos no tornozelo. Usei botinha por um mês, atestado no trabalho e tudo mais. Mas não compartilhei homem! Rsrsrsrs... grandes vantagem!

Mas a gente cresce e amadurece. Hoje não faria isso. Deixaria ser, deixaria estar .. Let it be ! Cada um sabe de si, a vida é um eco mesmo! Aprendi que não é a gente que define quem está ao fica do nosso lado. São escolhas de cada um, e não é rótulo, título ou símbolo que prende alguém a alguém. É uma decisão singular e que independe dos outros.

Boa semana! Espero que todos encontrem pessoas que queiram estar do seu lado porque simplesmente querem, porque simplesmente amam e admiram! Não porque são namorados, noivos, maridos...

Mindy

terça-feira, 22 de março de 2011

Quente ou frio, morno eu vomito!

(acredito que Alice, Amelie e Isabella não andam muito inspiradas, lá vai mais um texto meu)

Eis que hoje no horário do almoço eu passo pelo meio de uma praça, observo certo banco e lembro-me do episódio que julgo definiu a minha personalidade e ações até aqui. Ocorreu naquele lugar, neste mesmo mês há 13 anos atrás (cabalístico!). Foi quando eu olhei para meu primeiro amor, completamente apaixonada e disse: “Sou muito nova para namorar, se for para ser daqui há uns 10 anos te encontro por aí! Não quero me prender a ninguém agora”.

Lembro-me que doeu muito dizer estas frases, chegar em casa e chorar rios de lágrimas, sentir doer o peito mas foi a minha decisão mais acertada. Sou o que sou hoje por conta dela e tenho orgulho do que me tornei. Tenho ainda muito carinho (ou amor?!) por esta pessoa, que depois da minha frase enfática, iniciou um namoro com uma colega nossa e namorou- a por longos 10 anos. E assim nunca mais tive a oportunidade de ele estar sozinho para qualquer mudança de rota em minha vida.

E pasme, sai da praça hoje e dei de cara com ele! Lindo! Apenas o observei de longe, ele passou por mim. Acredito que não tenha me visto. Soube que está casado e fico feliz por sua história com nossa colega ter dado certo. Casou com uma Sandy total (fase pré-devassa), sempre constante, sempre doce, sempre impecável, sempre em casa, sempre regrada. Seu primeiro beijo, seu primeiro tudo foi com ele. Fiquei a pensar o que vivi depois daquele dia. Quantas emoções, quanta inconstância, quantos altos e baixos... Redescobri aquela dor de amor finito diversas outras vezes. Conheci um mundo de oportunidades fora do meu porto seguro, aprendi a cair e levantar sozinha (ou com amigos, mas não com um amor-namoro). Conheci as figuras deste blog, tomei alguns porres, fiz uma faculdade intensa, me apaixonei diversas vezes... E principalmente, quebrei a cara com diversos caras que julguei ser como este meu primeiro amor.

É porque ele é um dos, se não “o” cara mais íntegro que já conheci. Mas retidão não combina comigo. Gosto do frio e calor, do doce e do amargo, da noite e do dia. Sou 8 ou 80. Gosto do novo, do incerto. Gosto de quem agüenta o tranco de estar comigo, porque tem que me conquistar todos os dias, porque se eu não for feliz vou embora. Tem que gostar de aprender sobre o mundo, conversar. Eu gosto de ser o que sou, não o que a sociedade diz que devo ser. Respeito o que sinto, quem amo e acho que sempre fiz menos que muita Sandy por ai.

Claro, por diversas vezes fui rotulada de insana, pra não dizer nomes pejorativos para uma garota que nunca namorou mais que um ano. Que sai com amigas sozinha, vai pra bar, bebe cerveja, paga a conta, tem vida própria, opinião própria, trabalha em mundo masculino, morou sozinha em mil lugares... Fica com quem quer, é fiel aos seus sentimentos e ama intensamente.

Por muitos anos carreguei comigo a dúvida se aquela foi ou não uma decisão acertada, afinal o mundo suporta, mas ainda não ‘gosta’ de mulheres independentes. Hoje ao observar o banco, vê-lo e me enxergar por inteiro não restou dúvidas: sábias palavras aos 14 anos. Amo ser Doida & Santa ...


(Mindy)

segunda-feira, 14 de março de 2011

O fim de cada amor, o início após cada carnaval

Olá! Eu sei que havia combinado com minhas 3 amigas que o tema seria carnaval. Bem propício para o período. Mas eu acabei de dar/levar um fora e preciso desabafar!

E como naqueles momentos mágicos de novo: ele sai do carro e começa a tocar no meu rádio "Bendita as coisas que não sei, os lugares aonde não fui [...] Os espaços que ainda procuro, os amores que eu nunca encontrei!” Chorei pacas... É, dói! Mas aprendi que passa. Pelo menos me permiti viver e pensar o que viver esta história me trouxe de bom.

Em outros tempos eu não teria arriscado tanto. Ele não se parece em nada comigo mas me trazia fogo e acalento. Beijei-o (isso mesmo fui eu que o beijei e fui eu que terminei) no calor do Reveillon em Copacabana, depois de um ano sem achar ninguém interessante, ferida por um antigo amor. Espero que desta vez passe mais rápido este luto.

Nestes dois meses, aprendi que posso gostar de pagode e também posso aprender a correr. Aprendi que a aparência engana e um fortão pode ser o cara mais sensível que podes ter teu lado. Aprendi que é inevitável se envolver, quando se tem coração. Por isso acreditem amigas, se o cara não se envolve, esqueça-o pois ele não tem coração! Você pode entrar na relação querendo curtir, mas o tempo te mostra que sempre há algo belo pra se admirar, pra se gostar.

Acho que me enganei e o tema envolve carnaval. Porque o fim desta história começou no carnaval. Cada um foi pra um canto, em cidades litorâneas e com gente linda. E ai eu descobri que estava apaixonada e que doía vê-lo sendo abordado por outras meninas. Pior é isso, meninas! Doeu saber que o tempo passou e hoje uma garotinha que nasceu em 92 pode ser sua concorrente. Não que seja, pelo menos ele garante que não. Mas eu garanto que o ciúme tomou conta de mim. Insegurança? Talvez... a idade inevitavelmente pesa pra mulher. Mas tenho que aceitar o tempo de cada coisa. Há o tempo...

Terminei agindo com a razão e não com o coração. Poupei-me de viver uma relação de tantas diferenças, já que a vida me ensinou que se pode amar sem “possuir”. Prefiro uma bela amizade a um falso amor. Posso continuar curtindo o pagode e me viciando em corrida.

E guardarei este com um dos poucos, mas intensos relacionamentos que marcaram época e transformações em minha vida.

É, vida nova após carnaval! Que venha 2011 !!

Mindy

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Tempo, tempo, tempo...

Hoje acaba o segundo mês do ano de 2011, esse tempo que voa! Estou feliz porque voou mas foi muito intenso também. As modificações em minha vida se consolidaram, definitivamente não sou a mesma de um ano atrás. Tantos estados, tantas cidades, tantas casas, tanta decisão, tanta vida! Sou realmente outra. Como retornei ao meu porto seguro, minha cidade querida, olho pro lado e reconheço muitas das pessoas da mesma maneira que sempre foram. Eu espero que as minhas mudanças internas sejam interpretadas pelos que me rodeiam. Pois mudei pra melhor. Há quem diga que as transformações apenas começaram, pois estou há um pouco mais 35º do meu retorno de saturno. Que assim seja! Sempre provocando o que há de melhor em mim.

Acordei hoje ouvindo meu admirável poeta Djavan e utilizarei de suas sábias palavras para descrever o que agora sinto. Aliás, foi o tema da minha conversa ontem com a Alice, e num daqueles eventos mágicos despertei ouvindo: “Tempo, [...]Vou te fazer um pedido [...] Compositor de destinos [...]Ouve bem o que te digo: Peço-te o prazer legítimo e o movimento preciso. Quando o tempo for propício[...]. É isso aí: quando o tempo for propício! Domingo a noite, depois de uma semana agitada e em TPM total, eu e Alice divagamos sobre o tempo certo para cada coisa. As vezes pedimos: quero um companheiro, alguém parceiro, um Homem assim mesmo com H maiúsculo, quero o trabalho perfeito, quero, quero, quero ... e parece que nada acontece. Será mesmo? Será que pedimos direito? Será que interpretamos tudo? Será que era o tempo disto acontecer? Será que não tínhamos nada para aprender antes? Será mesmo que acontece para todos, menos para nós? Será?!

Independente da crença de cada um, essa força maior é providencial. Não acredito em destinos e sim em escolhas. Fé é crer no que é inacreditável e, portanto penso que em cada caminho que nós optamos trilhar tem o aprendizado que Deus providenciou. Difícil é ler o significado. Precisa estar atento. Como é difícil ter atenção!

Quero a partir de hoje parar de pedir ou mesmo desejar coisas específicas que julgo estar no tempo de viver. Não quero mais encontrar um companheiro. Quero me permitir viver o que devo viver antes ‘disso’, se é que ‘isto’ vá acontecer na minha vida. Quero ler os sinais. Quero ter serenidade, discernimento e força para viver e aprender o que preciso.

Necessito converter este pensamento num hábito. O blog me ajudará para tanto. E como o ano só começa depois do carnaval, tenho o 2011 inteirinho para habituar-me... Que venham muitas histórias prometo partilhar com vocês! E também buscarei resgatar os aprendizados do passado. O que será que cada fora tinha pra me ensinar? E cada bobagem que já fiz? Ai, ai... veremos! rs....

Mindy

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A entrevista de emprego

Todo final de semana era a mesma coisa: comprar jornal, selecionar as possíveis vagas, encaminhar o currículo e esperar... esperar... esperar... Por meses foi assim. A lista de vagas diminuía numa proporção inversa às minhas necessidades. Enfim, no meio dessa lenga lenga, um belo dia meu fone toca. Sim... era a tal vaga de emprego. A pessoa responsável me ligou, marcou uma entrevista e no outro dia lá estava eu, feliz e ansiosa. Como sempre. Nem o chazinho da mamãe deu jeito.
Bom... fui lá, respondi as perguntas e me senti confiante, apesar do nervosismo que insiste em me acompanhar nesses momentos cruciais. Sim, ela parecia ter gostado de mim, mas isso não era tudo. Ainda precisava passar por mais uma “prova de fogo”. Precisei colocar em prática meus conhecimentos na área justamente com a pessoa a qual eu substituiria. Nada fácil: ser avaliada pela sua “possível futura chefe” e por um profissional da mesma área. Ixiii...complicou tudo.
Ok! Topei! Não sou mulher de desistir fácil das coisas e lá fui eu, apresentando meus hábeis conhecimentos. Para minha surpresa, meu “avaliador” era, como posso dizer...bem interessante. Por um momento pensei: "Ahhh, que pena que ele está saindo da empresa". Mas, rapidamente voltei ao meu estado normal e compreendi que eu só ficaria com a vaga se ele saísse...óbvio, rs.
Após essa avaliação, recebi a feliz notícia de que havia sido escolhida. Ahhh, os olhinhos brilharam. Já comecei a pensar em todas as viagens que queria, nas futuras compras que faria (pensamento fútil, tudo bem, mas inevitável)...rs.
Fui pra casa, mega feliz, acreditando que havia saído das estatísticas de desempregados. Bom,   vocês devem estar pensando: “O que de interessante tem nessa história? O final feliz já está a caminho." Pois é, não foi bem assim. E a continuação desse caso é a parte interessante, rs.
Para minha surpresa, no dia marcado para iniciar o trabalho, “a minha chefe” chega e me diz que eles abriram  mais oportunidades para outros candidatos, sendo que eu ainda estava concorrendo a vaga, mas que ela ainda não estava preenchida e ainda naquela semana eles me dariam a resposta.
Uhum, isso mesmo. Vocês conseguem imaginar minha cara depois de ouvir isso? Vontade súbita de sumir, de bater na mulher, de xingar todo mundo. Mas como uma das minhas principais qualidades é a educação, eu engoli aquela frase e fiz cara de paisagem. Nessa hora, o rapaz que até então eu substituiria, se aproximou de mim e me disse que ficou indignado com a situação, que faria o possível para eu ficar com a vaga. Gostei daquela aproximação, mas como ele estava indo embora, e era para  um lugar beeeem longe, eu nem dei muita trela.
Ok! Sem muita opção, voltei para casa. AR-RA-SA-DA. Só me restava esperar a ligação. Para a minha grande surpresa, ao entrar no msn, adivinha quem me adicionou??? Quem queria ser o meu novo amigo de orkut e facebook?...hahaha. Sim, o tal rapaz da vaga de emprego. Como ele descobriu meu e-mail, posso até imaginar, mas eu não tinha dado essas informações a ele. Bom, começamos a conversar, ele me contou que achou a maior sacanagem o que a empresa havia feito,  que havia torcido para eu ficar na vaga, blá, blá, blá.
Papo vai, papo vem, o tal carinha me convidou, meio que sem jeito, para sairmos... Já que a viagem dele estava marcada para os próximos dias, ele queria me conhecer melhor, ainda que isso não fosse dar em nada. Não preciso dizer que ainda estava arrasada com os recentes acontecimentos, mas parei e pensei: "Que que eu tenho a perder? O cara vai sumir, tudo bem. Vai morar lá na PQP. Mas pelo menos eu já tinha essa informação antes, diferente dos caras que somem sem te dar explicação".
Para a minha surpresa (digo minha porque aquela situação era inédita), eu havia topado sair com um cara que mal conhecia, mas que me despertava interesse. Então, saímos...
Após um encontro agradável, onde me dei a oportunidade de conhecer uma pessoa nova, sem levar as coisas tão a sério, como sempre fiz, voltei para casa.
É, mas eu não tinha esquecido. Eu mal saí e já voltei para as estatísticas dos desempregados de novo. Pois é. Tudo bem. A vida é assim mesmo. Como já dizia o “poeta”: num dia a gente perde, no outro a gente apanha. Fiquei sem emprego mas garanti algumas horas bem divertidas...rs

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Final de semana (im)perfeito

Tinha tudo para ser um final de semana perfeito, mas como quem nasce pra se dar mal, se dá mal até quando está se dando bem... Bom, acompanhem a história que vocês vão entender o que estou falando. 

Lá estava eu, toda apaixonada e indo passar um final de semana em um resort incrível com o Mr. Big, ou seja, mais feliz impossível! Chegamos ao hotel, primeira noite, prestem atenção: P-R-I-M-E-I-R-A noite e fomos curtir uma hidromassagem de águas termais antes de jantar. O clima estava bom (vou poupá-los dos detalhes) e fomos ficando na hidro sem ver o tempo passar. Lá pelas tantas disse ao Mr. Big “o meu coração está acelerado!” (cabe dizer que nesse momento ele ficou um pouco assustado e eu tive que explicar que não era no sentido figurado..piadinha interna, rsrs). Mas então, chegamos a conclusão que era hora de sair daquela banheira. Ele foi na frente. E, bom, quando chegou a minha vez de sair...fez-se o estrondo! O mundo escureceu para mim e alguns instantes depois acordei com os gritos do Mr. Big! Abri os olhos sem saber onde estava e quando fui recuperando os sentidos foi que me vi ali, estarrada no chão do banheiro, exatamente como vim ao mundo... É, gente, eu desmaiei. Até hoje não sei como foi que as coisas aconteceram, se foi pressão baixa ou se eu escorreguei. Mas isso não vem ao caso agora... vamos voltar ao desmaio. 
Mr. Big estava aos gritos pedindo por socorro, mas eu levantei, disse que estava bem e que só precisava dormir. Foi o que eu fiz. Dormi um sono profundo segurando a mão dele. A esperança era que eu acordasse bem. Mas de manhã, quando isso aconteceu, era quarto girando, cabeça doendo e a pobre Alice aqui vomitando sem parar. Então lá vai Mr. Big atrás de socorro novamente e, sei lá, talvez uma hora depois, chegou a equipe de paramédicos ao nosso quarto (e o fim de semana ficando cada vez mais romântico, hein?!). O enfermeiro com sua camiseta da II Feijoada do Fulano por baixo do jaleco era só má vontade, foi lá só pra rir da minha cara e me dar um remédio que só fez baixar a minha pressão ainda mais e me deixar tonta do mesmo jeito. Resultado, piorei e à tarde tive que ser levada a uma clínica médica. E foi lá que tivemos o ápice do nosso romântico final de semana. Eu, deitada na maca, tomando soro, chorando, vomitando, e pedindo pra enfermeira ir chamar o Mr. Big no corredor porque não queria ficar ali sozinha. Então ele foi, firme e forte, segurando minha mão e dizendo que tudo ficaria bem. Tá certo que ele foi um fofo, mas não foi bem assim que eu passei a semana toda imaginando que seria, né? Pracabá! 
Bom, mas para resumir a história, voltamos ao hotel de noite e com tanto remédio que me deram, já imaginam que a segunda noite não foi muito diferente da primeira? É... no fim das contas, tivemos apenas uma parte do domingo para tentar aproveitar alguma coisa. E foi o que tentamos fazer. Tudo bem que não dava pra corrigir nada, mas, pelo menos, tínhamos que rir daquela que foi a primeira de muitas das histórias tragi-cômicas que ainda iríamos protagonizar! É, gente, por isso que eu digo, nada é tão ruim que não possa piorar!


Maaas...como tudo também tem seu lado bom, a moral da história de hoje eu deixo por conta da Aline (aquela da série da Globo que tem roteiro da nossa musa inspiradora Tati B.): “A diferença entre um fim de semana perfeito e um fim de semana roubada são as lembranças que você vai ter no futuro. Você pode fazer uma viagem incrível, sensacional e não lembrar de nada no dia seguinte. Ou você pode fazer o maior programa de índio e lembrar dele pra sempre. Foi Drummond quem disse que havia uma pedra no caminho. Uma viagem onde nada dá certo é como um caminho cheio de pedras e cada uma dessas pedras vai ser uma lembrança de um fim de semana inesquecível!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Inspiração total...

Todo mundo sabe da minha preferência hominística: o cara realmente não precisa ser dotado de grande beleza facial, mas se for alto... já fico caidinha. É uma tara, um fetiche, sei lá... qualquer coisa do tipo. Pois bem, todo mundo sabe disso e justamente por esse motivo, uma colega da faculdade cismou que eu tinha q beijar conhecer o primo dela: o D.
Mto tempo se passou até que finalmente eu pude conhecê-lo. E quando o vi... realmente ele era meu número: enorme de alto, ombros e peito largos, cara de mau, moreno... um tchuchuco. Mas não aconteceu nada nesse primeiro dia... Só nos conhecemos e tal, tudo perfeitamente formal.
Um belo dia, porém, eu estava em algum ensaio de alguma escola de samba e encontrei novamente com ele... E aí, nesse dia não deu pra resistir. Nos agarramos e em meio aquele vuco-vuco dos tamborins e pandeiros, nos entendemos mto bem.
Tudo ia bem, até que essa mesma amiga da faculdade me convidou para passar o final de semana na casa de praia da família dela. Era aniversário da mãe do D. Mas tinha um porém: ela, a amiga, estava me convidando, mas o ele, o meu peguete, não estaria lá porque estava trabalhando. Mas, como boa apreciadora de praia, fui mesmo assim. Até porque queria socializar com a família, que até então não sabia que rolava um lance entre mim e o filho mais velho da família.
Eis que ao chegar na casa, avistei no portão aquele ser  enorme de alto,  com ombro e peito largos  e moreno... Não, não era o D. Era, digamos, um D. melhorado...  aquele que fazia a recepção, além de todos os atributos já mencionados, era gato. Rostinho de menino, carinha de safado e com um par de covinhas que dava água na boca... Olhei, mas nem falei nada. Daí, a minha amiga, bem feliz, me apresentou o Deus:
- Bella, esse é o T., irmão do D.
Não sei se o meu primeiro pensamento foi “PQP, que família!” ou  se foi “Fudeu” ao perceber  que o  tal T. me olhava de cima a baixo... Fiz aquela velha cara de Sandy de menina sem graça, básico...
O churrasco rolou o dia todo, adentrou a noite e o mar era um convite a um passeio.... E adivinha quem veio me convidar para um passeio? Pois então... o T. Eu sabia que não devia, mas como negar aquele sorriso cheio das covinhas e aquele abraço acolhedor? Não, não dava... Lá fomos nós, olhar o mar e sentir a brisa... Literalmente.
Fiquei com o caçula da família, obviamente... Me esbaldei naquela delícia e nem lembrava da existência do irmão dele... Afinal, naquela casa ninguém sabia mesmo que eu também pegava o irmão mais velho. E quer saber do mais?? Nem lembrei disso na hora.... Tinha coisas mais interessantes para pensar do que na opinião dos demais convidados... rs
No dia seguinte ao churrasco, antes de ir embora, fiz questão de comprar um bombom e escrever um cartão para... a mãe dos meninos!!! Claro, nada mais justo!! Afinal, se não fosse ela, aquelas beldades não existiriam... me senti quase na obrigação de agradecê-la por tão belo feito... Peguei um cartão bem estilizado e escrevi, com a maior cara de pau do mundo:

“Querida Mamãe,
você estava realmente muito inspirada quando fez os seus meninos... Depois de beijar os dois, é difícil dizer qual deles é o melhor.... Adorei!!! 
Isabella”

E junto do cartão, entreguei um serenata de amor. A mãe dele, que era muito gente boa, se acabou de rir e disse que de todas as noras, eu ganhava por originalidade. Passou a ser o nosso segredinho, apesar de ter certeza de daquele dia em diante, toda a família conheceria meu feito.... 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Balde de água fria

A história que vou contar hoje é curta, sem muito auê. Mas resolvi contá-la aqui pois é uma história que se repete todo dia e todas as mulheres que conheço já passaram por algo parecido. O que me fez parar para pensar um pouco sobre como os homens não se esforçam muito pra se tornar interessantes. Pôxa vida né gente, mulher não se conquista (só) com beleza...se conquista com bom humor, charme, criatividade, atitude, inteligência. Mas, bem, vamos lá!
Era uma vez um cara que eu encontrava em todos as naites de Floripa e que sempre que eu via me chamava a atenção. Sem muito esforço ele já tinha comigo dois pontos positivos, um era ser bem gatinho (para o meu gosto, pelo menos), outro era gostar dos mesmos lugares que eu. Pois bem, acontece que meses e meses se passaram, eu sempre esbarrando com o dito cujo por aí, mas nada acontecia. Eu, como não sei paquerar e muito menos chegar em um cara (tá, eu sou goiaba), ficava lá de longe sempre dizendo a mesma coisa para as amigas "Gatinho ele heim!".
Até que em uma bela e despretensiosa noite voltei a encontrar com o rapaz. Fazia tempo que eu não o via, mas ele continuava bem bonitinho. Eis que então, estou eu lá dando minhas voltinhas pela balada, quando escuto aqueles grunhidos "psiu, oi?, ei? Humm" cada vez que eu cruzava o caminho do tal moço. Pensa em um balde de água fria. Custei a acreditar que esse era o aproach dele e por isso voltei a passar (sem querer! rsrs) na frente dele mais algumas vezes pra ver o encorajava a pronuciar uma frase inteira. Sem sucesso, desisti e fui dançar com as amigas. Lá pelas tantas vem o tal se aproximando efetivamente e eu pensei "finalmente!". A empolgação durou pouco, pois quando o guri abre a boca era pra me perguntar se eu estava gostando da casa dele. E eu "hãn?". Isso mesmo, ele estava brincando que o lugar em que estávamos era a casa dele, que todos lá eram seus amigos. Sacou a brincadeira? Eu não! Depois veio com o papinho de "você vem sempre aqui?". Ai, gente, pensa num papo sem graça, sem nexo...era o dele. Cheguei até a pensar que era melhor ele ter continuado com os grunhidos! Mas ele se empolgou com sua história e sei que ficou nessa de brincar que o lugar era a casa dele por minutos a fio – que pareciam horas. E dizia onde era o quarto dele, onde era a cozinha...sei lá, o monólogo dele se estendeu muito acerca do assunto e eu fiquei completamente sem reação. Que fosse uma conversa descontraída, afinal ninguém vai pra balada pra bater um papo cabeça, mas que fosse engraçado, envolvente, natural. Resumo da ópera: brochei. Educadamente me despedi do cara e fui embora, ainda perplexa. Complicado quando o cara não se ajuda né?
Bom, agora vem o x da questão, me ajudem...os caras são assim quando são bonitos e acham que não precisam se esforçar? Ou a quantidade de mulheres bonitas e disponíveis dessa cidade e que não deixa homem nenhum (bonito sem graça ou feio charmoso) ficar sozinho acabou acostumando mal a ala masculina de Florianópolis?
O que acham? Vamos lá, aguardo opiniões!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Rave de Jesus

Todo início de ano é a mesma coisa: empolgação total com as novas metas, necessidade de colocar todos os planos em ação, pra não correr o risco de desanimar. Foi exatamente assim que resolvi me matricular na academia perto de casa, exatamente no dia 2 de janeiro...rs. Sim, como eu disse: sem perigo de desanimar.
Iniciei os exercícios mega feliz, finalmente a vida sedentária chegaria ao fim. Foi nesse ambiente propício à novos desafios (no meu caso é, já que malhar sempre foi um sacrifício), que entre flexões, remadas e supinos, conheci um rapaz interessante por lá. Na verdade, ele era amigo de um amigo, o que facilitou muito a aproximação. Mas...como disse anteriormente em outro texto, os homens daqui não têm atitude, não te convidam pra sair, ainda que demonstrem interesse. Sendo assim, euzinha resolvi convidá-lo para um jantarzinho entre amigos, algo bem light, só para manter contato, rs.
Sabe aquela sensação de leve arrependimento em certos momentos da sua vida? Isso mesmo, eu também senti. Quando o cidadão e os respectivos amigos chegaram, senti uma enorme vontade de me enfiar, em qualquer canto que eu coubesse e que pudesse levar as amigas junto. O tal carinha foi vestido com a mesma roupa que costumava frequentar a academia (regata e bermuda...afff). Enfim, quem está na chuva é pra se molhar e lá estava eu, interessada e desapegada à detalhes. Mas... os amigos também eram meio estranhos. Sim, um inclusive possuía uma tatuagem, de canetinha. Uhum... isso mesmo, tatuagem de canetinha. Uma de minhas amigas (a mais descolada) ficou instigada com aquele visual, não resistiu e perguntou. Ele respondeu, sem o menor pudor, que simplesmente estava testando uma boa tatuagem. Parafraseando o próprio: “quero ver como fico com esse desenho”. Some a isso, um sorrisinho desavergonhado dos amigos.
Sim, leitoras. Nessa hora o arrependimento já crescia sensivelmente. Mas, como a “tatu” era do amigo e não dele, relevei. Eu realmente estava interessada no cara. Eu disse a vocês: “Em Floripa, as opções são escassas”. Bom, saímos algumas vezes, o papo era até legal, eu sempre “evitava” a presença do amigos, mas ALGO estranho pairava no ar. Além do figurino de garotão que ele insistia em apresentar, eu estranhamente não me importava com aquilo, mesmo não tendo mais 20 anos.
Ah, esqueci de mencionar. Um dos amigos era promotor de eventos. Eu e minhas amigas ficamos entusiasmadas, já pensamos em várias festas legais para frequentar e começamos a questioná-lo a respeito dos lugares, do som que tocava, etc, etc, etc. Comemos muito o cérebro do menino, mas ele se esquivava e trocava de assunto. A cada momento, os indícios de estranhamento no ar só aumentavam. Eu realmente estava incomodada com certas coisas.
Resumindo algumas semanas de encontros, comecei a recusar certos finais de semana na companhia do malhadinho. Eu estava muito com “a pulga atrás da orelha”. Certo dia, na academia, durante meus 15 minutos de bike, o cara chega e pergunta se não quero ir à uma festa com ele. Festa que o amigo estava promovendo, que ele sempre frequentava, que era extremamente animada, música boa, blá, blá, blá. Uhull, até que enfim eu descobriria as festas do amigo, pois já desconfiava que era realmente promotor. Ok, decidi aceitar o convite, pensei que seria uma boa oportunidade de me reanimar com o gatinho, já que a euforia inicial já tinha ido pras cucuias fazia muito tempo. Um dia antes da festa, comecei a “investigar” com ele sobre que tipo de festa seria, como deveria me vestir, já que o look depende muito do lugar que você vai (vocês me entendem, neh?). Meio encabulado, mas decidido a me levar ao tal lugar, ele confessa com todo coração: “Na verdade, eu costumo frequentar festas promovidas pela minha religião. Mas são baladas muito divertidas, a galera dança até altas horas. É uma rave. Rave de Jesus!”

Uhum, isso mesmo que vocês leram. O menino era evangélico (nada contra, por favor), mas frequentava baladas religiosas e queria muito que eu entrasse nessa também. Bom, vocês já devem imaginar o que aconteceu, ou melhor, o que não aconteceu. No dia da festa, eu surpreendentemente não pude comparecer, não estava me sentindo muito bem e pedi milhões de desculpas pela ausência.
Bom, acho que ele entendeu o recado. Subitamente saiu da academia e não me procurou mais. Sem querer ser indelicada, mas sendo sincera, não conseguia me imaginar naquela situação, só para agradar alguém.
Leva mal, não. Jesus é o Cara, sou fiel a Ele, mas... rave de Jesus? Não dá!! Quer saber? Fiquei sem o cara, mas continuei na academia, feliz e sarada!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Descobertas

Bom, eu existo sim!
A primeira vista parece que não estou “mega-empolgada” com este blog mas estou. Só que definitivamente tempo é tudo o que eu não tenho no momento. Acabei de chegar de reunião de negócios em pleno domingão e em 1 hora tenho que estar pronta pra sair com o gatinho... E amanhã tem o ganhar pão diário ... enfim!
Não que eu seja workholic, mas hiperativa com certeza!
Tenho pouco tempo pra escrever,mas de hoje não passa! Então vai uma curta história de um tempo muito distante, de quando a mãe ou o pai tem que levar você pra balada.
Eu estava na casa de uma amiga da minha mãe, bem feliz e sorridente pra fazer moral com ela e então ela me levar no lugar que eu queria muito ir. Lá eu encontraria minha paixonite do momento. Nesta casa estava também o filho da amiga da minha mãe, gatíssimo, outra paixonite minha, mais velho que eu uns 5 anos e com a sua ‘namo’ que me ‘adorava’ muito.
Comportei-me direitinho, mamãe se empolgou e pediu pra amiga dela ir com ela me levar no tal lugar badalado. Liguei pra minha amiga, nos arrumamos e nos levaram pro local.
Chegamos lá, entramos e já de cara encontramos nossos amigos fofíssimos. Pois foi começar a dançar eu olho pro lado e estava lá o filho da amiga da minha mãe. Solteiríssimo e belíssimo eu diria... O que poderia ser um prato cheio hoje em dia, na época foi um terror porque pensei: ele vai contar pra minha mãe o que fizer aqui! Rsrs... Mas lembrei: Ele está aqui escondido, então também não irá contar! Só que quando ele me viu, não tirou o pé dali e eu não pude ficar com meu amigo. E também não tinha coragem de dar moral pra ele... (ah se fosse hoje!) Mas até poderia ganhar esta coragem se.... um outro primo meu bem mais velho não aparecesse no lugar. Pois ele apareceu e também fugido da namorada.... E quando me viu, também não saiu do meu lado pra tentar se mostrar um bom moço. Os dois queriam recuperar a fama de bom moço comigo... Mas o resultado pra mim foi: ficar chupando dedo mas a minha amiga não! (Como diz Alice, quem nasce pra ser ferrar nasce... quem não, não...)
Naquela época não era tão simples assim sair. Foram longos dias planejando, longos dias combinando... E dois “valentões” empataram a minha vida pra eu não “dedurar” eles pras ditas cujas... E eu nunca nem cogitei falar nada, só queria beijar minha ‘paixonite’.
Mas o que me marcou nesta história foi descobrir super nova (eu nem tinha 15 anos!) quão terríveis são os homens. Talvez por essa e por outras que namorar nunca esteve nos meus planos juvenis!
Agora, com o retorno de saturno em minha vida espero me libertar destes traumas que me acompanham pelas andanças da vida!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Maldito bolinho

Sempre soube que não sou boa em conhecer sogras e afins... não que eu seja uma pessoa ruim ou problemática, mas sim porque eu sempre dou um jeito de fazer alguma merda no dia das apresentações. Inconscientemente, é claro. E foi isso que aconteceu com a mãe do M.
O tal M. era um guri mto fofo... querido, educado, gato, gostosíssimo e extremamente filhinho da mamãe. Era daqueles que ligam pros pais toda hora pra dizer que os ama e que não dá um passo sem informá-los sobre o seu paradeiro... Eu achava isso lindo. Pois bem. Estávamos ficando há algumas semanas e era tudo perfeito. 
Em um belo dia, fomos comer um bolinho de bacalhau em um barzinho da zona sul, perto da casa dele. Comemos bolinhos, tomamos um chopp e depois resolvemos ver um filminho em seu apartamento. Os pais dele não estavam em casa, óbvio. Aquele ainda não era o dia das apresentações. Ou pelo menos não deveria ser. 
No caminho pro apê, ele resolveu passar no posto de gasolina para comprar cigarro - sim, ele fumava e muito. Quando chegamos ao posto, ele viu uma garrafa de vodka, daquelas menores que vendem em postos de conveniência, e perguntou o que eu achava de comprarmos uma pra gente beber com coca mais tarde, depois do filme. Eu concordei, não vendo problema nenhum numa simples dose de vodka com coca à noitinha... Só que ele se empolgou e comprou DUAS garrafas. Já sabem onde isso vai dar, né? Sintam o cheiro de merda no ar...
Ele ligou pros pais e disse que nós iríamos pro apartamento ver um filme, - que fique bem claro que os pais dele sabiam da minha existência e me tratavam como a "namorada do fulano" - só que quando chegamos lá resolvemos inverter a ordem das coisas. Ao invés da combinação FILME - VODKA, fizemos VODKA - FILME. Aliás, que filme? Iniciamos nossas doses de vodka com coca e acabamos com a primeira garrafa e metade da segunda. Imaginem como ficamos? Daquele jeito.... bêbados, bêbados e bêbados. Resultado? Fomos pro quarto e caímos no sono. Eu dormi como um bebê no quarto dele, na cama dele e nem vi quando os pais dele chegaram. Meu Deus. No meio da madrugada, meu estômago, fígado, baço, ou seja, todos os meus órgãos começaram uma revolução para expulsar aquela vodka toda do meu corpo. Sim, comecei a(s) sessão(ões) de vômito. E adivinhem? Acordei a casa inteira com o barulho e a movimentação de alguém que está querendo jogar fora todas as tripas. Acordei a mãe dele, que até então eu não conhecia pessoalmente,   acordei o pai dele, que já era um senhor, e ainda tive que engolir a mãe dele me ajudando no banheiro enquanto me comia no esporro e dava esporro nele também. E ele, o M., com aquela cara de quem não fez nada, só dizia:
- Mas, mãe... a gente não bebeu nada.... Deve ter sido o bolinho de bacalhau que a gente comeu antes de vir pra cá! 
- Bolinho de bacalhau ??? Eu encontrei duas garrafas de vodka na sala, uma vazia e uma pela metade, e você vem me dizer que um bolinho de bacalhau fez mal????? Eu já disse que não quero vc bebendo vodka! Olha o estado dessa menina!!! 
A mulher estava enlouquecida. E o pior, com razão.
Bom, nem preciso dizer que passei a noite inteira conversando com o vaso sanitário da família T. No dia seguinte, acordei com uma ressaca moral que ninguém no mundo faz ideia. Quando eu abri o olho e me dei conta de onde estava e me lembrei mais ou menos do que tinha acontecido, não queria sair do quarto. A vergonha era tanta, mas tanta, que eu preferia arriscar um voo do 12º andar a ter que encontrar a família dele no café da manhã. Mas não teve jeito, tive que sair. O M. já tinha acordado e provavelmente conversado com os pais, pq qdo eu apareci na cozinha, ninguém mencionou nada sobre o acontecido. Me deram bom dia,  água (por que será?) e café preto. Eu não bebo café, mas naquela altura do campeonato, eu não estava em condições de falar absolutamente nada. Tomei o que me deram e fiquei tentando manter a conversa com a mãe dele, que disse que ficou preocupada comigo - isso depois de dizer a frase clássica "Ah, você é a Isabella! Que bom te conhecer". Porra nenhuma, ela deve ter pensado: "essa vadia tá fazendo meu filho beber igual a um porco e depois ainda vem vomitar no meu banheiro". ... Mas como disse, ela podia pensar o que quisesse... eu tinha me queimado e feio com a família tradicional e amorosa deles... rs
Bom, como desgraça pouca é bobagem, não parou por aí... Eu já disse que o M. fumava horrores, então, àquela hora da manhã, ele passou pela cozinha com um cigarro na boca e eu, querendo ser simpática, disse pra mãe dele, que estava na mesa comigo, fazendo a social:
- O M. fuma tanto... sempre falo pra ele parar pq isso faz mal e tal... mas ele não me escuta....
Aí, a mãe dele, com uma cara nada simpática, levantou da mesa, pegou um cinzeiro, acendeu um cigarro e respondeu:
- Aqui em casa todos fumamos bastante. Já estamos acostumados.
Depois de mais uma bela mancada, resolvi calar a minha boca e me mandar dali. Eu já tinha megaextrapolado a minha cota de queimação de filme. Tomei um banho, coloquei minha roupitcha e dei no pé. Preciso dizer se o namoro foi pra frente  ou se eu voltei a ver o senhor e a senhora T. na vida.... ? Acho que não, né...  O gatinho eu continuei pegando mais algum tempo, mas frequentar a casa dele... isso aí  só na próxima vida, quem sabe... rs

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O linguacóptero

Fiquei aqui pensando com qual das milhões de históricas bizarras cômicas eu começaria este blog... Pensei, pensei e pensei e acabei selecionando uma que me aconteceu há muitos anos... Ainda na época da adolescência - isso comprova a minha teoria de que quem nasce pra se ferrar, se ferra desde novinha... rs. Bom, comecemos então.
Eu tinha uma grande amiga que se apaixonou por um carinha da Marinha. Só que como eu disse antes, nós éramos novinhas, então, para sair ou montar qualquer esquema, precisávamos sempre da parceria uma da outra.... Pois bem. Ela se apaixonou por esse tal carinha e precisava de companhia para encontrá-lo. Eis que surge então aquela velha combinação de pares... Ela marca com ele em algum ponto da cidade e para disfarçar pros pais, leva a amiga, que no caso era eu. E ele, em contrapartida, leva um amigo pra mim... A Alice sempre diz que esses encontros de pares nunca dão certo, mas nessa época, eu ainda não sabia disso. Lá fomos nós.
Bom,  o tal amigo - que seria o "meu" - era bem gatinho. Rosto bonito, cara de intelectual, usava óculos (que eu amooo), fortinho, se vestia super bem, cheiroso... Enfim, era bem agradável aos olhos e aos demais sentidos. Conversamos, conversamos e conversamos. Mas não ficamos.
Daquele dia em diante, passamos a nos encontrar diversas vezes... às vezes comíamos um lanche, em outras, eles ficavam no portão de nossas casas batendo papo. A minha amiga sempre beijava o carinha dela, mas eu, como era mais lerda, ainda não tinha beijado o meu. Apesar de me sentir atraida por ele... vai entender. 
Até que um belo dia, surgiu uma festa de debutantes pra gente ir - eu disse que éramos novinhas - rs. Pronto, finalmente eu ficaria com o tal menino, que chamarei de A. Chegou o dia da festa. Fomos aos pares: minha amiga e o gatinho milico dela e eu e o A. Coisa linda. Em determinado momento da festa, o A. disse para darmos uma volta fora do salão de festas, para ficarmos mais...hum...digamos, mais "à vontade". E eu fui, né.
Quando chegamos do lado de fora, ele veio com um papinho de cerca-lourenço e até que finalmente começou aquele momento em que as cabeças se aproximam e os rostos se inclinam... mas, qdo íamos finalmente nos beijar, ele parou tudo. E soltou: 
- Tenho que te falar uma coisa antes...
- ?
- É que uma vez eu fiquei com uma menina e ela me disse que eu não sei beijar.... Então, depois que a gente se beijar, eu queria que vc me dissesse se eu sei  ou não... porque como eu não sou daqui e ela era daqui, de repente os beijos são diferentes...

Eu juro que ele falou isso e eu pensei: "Me fudi. Fato." Mas, sempre achei que quem está na chuva é pra se molhar, então... beijei o bonitinho... MEU DEUS!!  Quando ele me beijou - se é que eu posso chamar aquilo de beijo - eu entendi perfeitamente o que a menina sentiu qdo disse aquilo pra ele. Não, ele realmente não sabia beijar. Ele não sabia NADA sobre beijo. Nada mesmo!!! Ele fazia movimentos estranhos com a língua, como se fosse um "linguacóptero", sabem? Ficava girando freneticamente a língua dentro da minha boca, ou então tirando e colocando, completamente sem ritmo...Meu Deus. Enquanto eu percebia todos aqueles movimentos estranhos dentro de mim, pensava: "Caraca,  o que eu vou dizer pra esse moleque??". Enfim - e graças a Deus - acabou o beijo  e ele me olhou com aquela cara de quem havia feito o seu melhor e mandou:
- E aí, eu sei beijar ou não?  O que vc achou do meu beijo?
Saia justa do caralho. Acho que foi a minha primeira e por isso inesquecível.... Eu queria fugir, sair correndo, cair dura no chão, simular um ataque cardíaco fulminante, mas não dava.. Éramos só nós dois naquele lugar ermo e ele com aquela cara de feliz esperando a resposta... Não, eu não podia magoar o menino...
- Seu beijo... hum... é.... normal.
Foi tudo que eu consegui dizer... Ele parece ter ficado mega satisfeito com a resposta. Tentou me dar mais um beijo, como que agradecimento pelo peso peso tirado das costas, mas eu, sábia e malandra, desviei o rosto e disse:
- Acho melhor entrarmos.... as pessoas devem estar nos procurando....

E o pior de tudo é que ele era gatinho pacas.... E eu não me conformava como um cara tão charmoso e atraente como ele podia beijar tão mal! Mas beijava... Aliás, não é nem que beijava mal, ele Não SABIA beijar!! Coitado. Voltamos pra festa e encontramos a minha amiga feliz da vida com o marinheirinho dela - que provavelmente sabia beijar. Acho que nessa época eu descobri uma coisa muito importante sobre a vida: uma mentirinha pode salvar a vida de alguém e ao mesmo tempo foder com a sua.... Digo isso porque minha amiga estava apaixonada e continuou ficando com gatinho dela e isso significa o quê? Que eu era "obrigada" a ir juntos a todos os encontros seguintes e ficar com o linguacóptero.... Devo ir mesmo pro céu por isso... rs Época difícil essa....... Maaaas, ainda bem que crescemos e hoje em dia não precisamos mais desses encontros de pares. Por isso, mais do que nunca:  Viva a maioridade!!! 

Floripa, celeiro de gatos?

Nossa, que satisfação escrever meu primeiro texto para o blog, tão planejado e desejado por nós. Bom, essa primeira história não é exatamente um caso específico que me aconteceu, é mais um desabafo de situações tão recorrentes... Sim, eu sei que não acontecem apenas comigo, por isso resolvi compartilhar com vocês, queridas leitoras. Vamos lá.
Essa semana, assistindo a nova novela da Globo (tá, sou super noveleira), me deparei com uma frase curiosa e, por que não dizer, mitológica, de uma atriz que se referia à quantidade de homens bonitos em Florianópolis. Nessa mesma hora, parei e pensei: "Afff... só se for na cidade cenográfica." rs
Conhecem Floripa? Pois é, todos deviam conhecer. Cidade linda, encantadora, comida boa, gente educada, lugares perfeitos... mas, como todo paraíso tem um pouco de inferno, o diabo resolveu avacalhar com as mulheres. Escolheu a dedo, lá das profundezas, os homens que aqui viveriam. Sem brincadeira, são os caras mais acomodados, sem atitude, mal vestidos que já conheci. Como diria uma amiga minha, também membro deste blog, “meia esticadinha e casaco com touca, não dá”! Os homens de Floripa são seres que ainda precisam ser estudados e decodificados. Acho, inclusive, que daria uma boa tese!
O pior, o pior de tudo, são as pessoas te perguntando o tempo todo: “E ai, já está namorando? Não? Por quê? Ai, sabe o que eu acho? Você é muito exigente!” Bom, nesse momento você para, respira fundo, e dá a célebre resposta (que nem a você convence mais): “Sabe o que é? No momento estou priorizando os estudos, a carreira, blá, blá, blá...” Prioridade p%# nenhuma. A explicação é simples: Não tem homem DISPONÍVEL E INTERESSANTE nessa cidade. Não tem!
Na verdade, existem três situações analisadas e comprovadas após muitos anos de observação: 
Situação 1. Você sai na balada, entra um cara sozinho, você e suas amigas se olham, comentam e se empolgam. Nesses 5 segundos de euforia, entra a namorada, linda, loira e gostosona. Sim, ela veio, logo atrás (bem comum em Floripa são os homens andarem na frente das mulheres...). Esse é um ponto crucial a se abordar. Realmente a mulherada aqui domina. A concorrência é cruel. Não significa que não sejamos lindas, interessantes, atraentes. Nada disso. Eu me garanto. Mas há mulheres que parecem ter saído de laboratórios, diretamente para as praias e baladas. Triste mas é assim.
Bom, passemos a situação 2: Como tudo o que está ruim pode piorar, novamente você vê chegando um homem interessante. Arruma os cabelos, limpa o canto da boca e...pasmem. Em seguida, aparece o namoradO dele (algo muito, muito comum em Florianópolis). Os dois se abraçam e vão dançar, loucamente, nas pistas. Bom, mas a noite ainda não acabou. Sempre resta uma terceira situação e essa é a mais delicada, requer algum tempo de experiência...
Situação 3. Você observa um cidadão, copo na mão, olhando pra você e sua dança sensual. Você dá um look no visu dele, confere e vê que não está tão ruim assim. Tá... a noite passa. O cara te olha, olha, mas... nada faz! Queridas, se o cara for nascido e criado em Floripa você vai esperar a noite toda!!! Por isso, espere sentada. O fato é que os homens daqui não chegam em você. Raros, poucos, muito poucos. Nunca descobri se é medo, se é autoconfiança ou arrogância, enfim... Se você estiver numa roda de amigos, sentada em volta de uma mesa, na fila de algum lugar e de repente aparece alguém pra conversar, pode apostar: esse cara não é daqui.
Então é isso, caras leitoras. Não se iludam com novelas, propagandas, programinhas de TV. Se alguma vez ouvir a frase “Floripa é um celeiro de gatos”, acredite, isso só pode ser licença poética.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O psicopata


Era uma daquelas noites muito quentes de verão. Isabella e eu decidimos sair pra dançar, conhecer gente nova e dar umas boas risadas. Eu estava particularmente motivada a tentar me afastar (mais uma vez) do meu Mr. Big (é, como a Carrie Bradshaw também existe um Mr. Big na vida de Alice) . Então lá fomos nós, bem felizes da vida. Só que o calor era tamanho que acabamos nem entrando em bar algum. O centrinho da Lagoa estava animado e foi por ali mesmo que ficamos. Voltinha pra lá e voltinha pra cá, interagimos com gente de praticamente todas as regiões do país. Até que um paulistano chamou minha atenção. Conversamos – não sei o que, mas a conversa parecia boa pois até o meu número de telefone eu passei pra ele, combinamos de nos encontrar de novo, e nos beijamos. Ali eu comecei a suspeitar que algo estava errado com ele. Explico: foi só um beijo, mas quando eu abri os olhos me deparei com um olhar que me deu...medo! Devia ter parado por ali, mas sabe aqueles dias que você quer tanto conhecer gente interessante que acaba acreditando que qualquer um é? Acho que era um desses dias pra mim. Por fim, Isabella e eu fomos embora. No caminho para casa recebi uma mensagem de texto gigante dizendo o quanto a noite havia sido boa, que eu era isso e aquilo, convidando pra fazer alguma coisa e muito mais blá blá blá. Achei exagerado, mas pensei "ok, vai ver é só um cara excessivamente carinhoso, respondo amanhã!". Ao chegar em casa, por volta de 4 horas da manhã, foi eu deitar na cama e o telefone tocou. Atendi rápido achando que poderia ser urgente. Não era. Era o fofo, revelando ser na verdade um psicopata. Sim, porque além de não esperar o dia seguinte pra ligar ou a resposta para a mensagem anterior, o motivo da ligação em plena madrugada era marcar local e hora do encontro do dia seguinte. E eu só pensava: "Oi? Que p**** é essa?". Despachei o cara. Mas ele gostou disso e passou os dias seguintes me ligando e me mandando mensagens relatando t-o-d-o-s (sem exagero) os passos de suas férias. Resolvi dar uma chance pro psico (ainda estava em dúvida se ele era psico ou se era eu que não estava acostumada com carinhas assim) e saímos algumas vezes durante aquela semana. Por via das dúvidas, somente em lugares públicos! Até que - enfim - chegou o dia em que a minha dúvida foi sanada. Estava em um bar com uns amigos e disse pro psico nos encontrar lá. Ele foi. Quando chegou finalmente eu percebi quem ele era (foi como se até então eu estivesse usando óculos com lentes embaçadas e de repente elas voltassem a ficar limpas). Ele estava com uma roupa estranha (sabe uniforme de cobrador de ônibus? Igual!), e aqueles olhos esbugalhados. Muito! Como eu não vi aqueles olhos esbugalhados antes???? Sem explicação! Bom, ele se juntou ao grupo e eu já caindo em mim comecei a manter uma distância segura. Nisso, o carinha que a Isabella estava saindo ligou pra ela e nos convidou para um churrasco. Acabou que o convite escapou para o psico também, que não hesitou em aceitar. Lá no churrasco não conseguia deixar que ele encostasse em mim (que medo daqueles olhos!) e o querido então resolveu dar início a uma DR como se já estivéssemos juntos há anos! Queria saber por que eu havia mudado e por que eu estava estranha, e eu, não podia deixar passar essa oportunidade. Disse que achava que o estranho ali era ele com aquele comportamento altamente sufocante e aquele olhar...que dava medo, muito medo! E não é que o psico assumiu que era mesmo? E que eu não era a primeira pessoa a falar isso? Bom, o papo rendeu um pouco além disso. Ele começou a falar que entendia muito de psicologia e psiquiatria. Oi??? Mas não convém aqui entrar tanto em detalhes. Sei que no final tudo acabou bem, cada um foi para o seu lado e nunca mais tive notícias do estranhozinho. Só me perguntava até hoje como que, mesmo por instantes, eu achei aquele cara interessante. E encontrei a resposta somente agora, parando para escrever essa história. É simples e óbvio: mulheres carentes demoram a perceber olhos esbugalhados!