"Eu prefiro ser a louca do jardim enquanto o mundo ri e faz suas coisas do que ser quem se tranca nessas salas infinitas suas pra nunca entender ou fazer que não sente ou não poder sentir ou ser sem tempo de sentir ou ser esquecido e finalmente não ser." (Tati Bernardi, nossa amiga)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Providência Divina

Era um domingo qualquer de verão quando Amelie, Isabella e eu (Alice) resolvemos tirar o escorpião do bolso e curtir o dia em um badalado (leia-se caro) clube de praia da high society florianopolitana. Pois bem, seguimos nossa viagem rumo à praia a bordo do finado corsinha da Isabella, em um dia que tinha tudo para ser apenas mais um dia calmo, de sombra e água fresca...
Só que, ainda no caminho, o clima começou a ficar tenso. É que nosso querido e companheiro de aventuras, o corsinha, danou a roncar por todo o trajeto. No começo era um leve ruído, e até então Isabella garantia que não teríamos problemas com isso, mas com o tempo o ruído virou um barulhão danado. Aliás, até hoje não sei por que a gente seguiu viagem daquele jeito. Enfim, sei que no fim das contas conseguimos chegar ao nosso destino, com o ** na mão, mas chegamos! Só que nem deu muito tempo para comemorar, pois logo lembramos que ainda teríamos a volta pela frente. E, como nenhuma das três que estava presente é o que se pode chamar de gênia da mecânica (faltou você lá né Márcia! rs...), fomos até um posto de gasolina pedir uma ajuda e tentar descobrir o quão grave era aquele barulho, mas o frentista entendia tanto de carro quanto a gente! Ou seja, não ajudou muito, mas foi convincente ao nos dizer pra não voltar para casa com o carro daquele jeito. O lógico seria então ligar para o seguro, certo? Pois é, mas nossa amiga não tinha feito seguro do carro, então...não tínhamos muita opção. Ela até ligou para um amigo/mecânico, mas ele também não ajudou muito, só disse a mesma coisa que o frentista e ficamos lá sem saber o que fazer. Só nos restou curtir o dia e pensar no problema depois. E foi o que fizemos. Chegamos cedo no clube, nos instalamos em dois colchões na beira da piscina e por ali ficamos.
Até que lá pelas tantas, surge novamente a questão de como iríamos embora. O plano A da Isabella era voltar com o carro, e caso ele desse algum piti, era só empurrar e ligar para um guincho. Precisa dizer que Amelie e eu não animamos muito com isso? Já o plano B era ligar para alguém nos buscar e  deixar o corsa lá no estacionamento, para no dia seguinte a Isabella voltar com um mecânico. Mas também não era uma boa abandonar nosso companheirinho.
Sendo assim, conseguimos convencer Isabella a ligar para o guincho logo de uma vez. E ela ligou. Enquanto pedia orçamento para o cara, no telefone, um gringo se aproximou da nossa rodinha e começou a puxar papo. O gringo estava com um dinheiro na mão e falava um inglês pior do que o meu, então a gente não entendia muito o que ele queria. Uma dizia para ele que não precisava pagar, outra dizia onde ficava o caixa, outra dizia que a gente já estava indo embora, um rolo só.
Mas eis que no exato momento em que Isabella (apavorada) anunciava que o guincho sairia por R$150, 00 e não pagaria aquilo tudo, o gringo nos mostra exatamente três onças que queria nos dar em troca de nosso lugar. Acreditam? Gente, nessa hora eu tive certeza que Deus existe. Fomos então conversar direito com o gringo e nos certificar que o dinheiro era só em troca do colchão mesmo. Em seguida, tivemos uns minutinhos de conversa só entre nós três para ver se todas estavam de acordo e no fim decidimos que não tinha nada de errado naquilo, ele queria pagar exatamente o valor que seria necessário para pagar o guincho e isso só poderia ser considerado providência divina, certo? Certo!
Pois bem, resumo da ópera: pegamos o dinheiro do gringo, ligamos para o guincho, saímos batidas do clube antes que alguém viesse nos chamar de mercenárias,  e voltamos para casa sãs, salvas e com mais uma história para contar!
(Ah, depois dessa Isabella trocou o carro e fez seguro! E não, não voltamos mais ao clubinho de bacanas...)

5 comentários:

  1. Caramba, esse dia foi muito comédia. Muito bem contada essa história, querida amiga, só esqueceu de um detalhe: saímos de guincho, suuuuuper emocionante...kkkkkkkkk.

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  2. hahahahahaha
    Esse dia foi demais!

    Ainda lembro da cara de apavorada da Amelie (novas) querendo ir embora qdo percebeu o nosso negocio (meu e da Alice), com medo de que o segurança viesse atrás da gente!! uhauahauhauahaha

    Ainda acho que deveriamos fazer disso um bico de verao: chegar cedo nas baladas e depois vender os melhores lugares pros gringos!! heheehe

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  3. É verdade!!! Saímos do clube BADALADISSIMO em um corsinha velho em cima de um GUINCHO! hauahuahauah

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  4. hauahuhauhuahuahuahuhuahauhauha....

    Depois diz q não existe esta de qm nasce pra se ... se ... rsrsrsrs!! kkkkkk
    d+ !! hauahuahuah

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